Requerimento sobre quebra de sigilo bancário da Jovem Pan gera confusão na CPI

Os senadores da base aliada do Governo Bolsonaro foram pra cima do relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), após o congressista alagoano fazer um pedido de requerimento para quebrar o sigilo bancário da Jovem Pan, emissora governista.

Os congressistas da tropa de choque do governo alegaram que isso é uma “afronta” a liberdade de expressão. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) foi um dos mais defensores da emissora.

“Nós estamos transformando a CPI da Pandemia em CPI da Fake News. Outra coisa, o relator, senador Renan Calheiros, que apresentou esse requerimento de forma lamentável, e ao fundamento das fake news, ele próprio no âmbito da CPI veiculou tempos atrás uma das maiores fake news dessa pandemia, a dose de vacina a US$ 150. Se há acusação sobre fake news em veículos profissionais, o mecanismo é outro”.

A Jovem Pan foi classificada como “grande disseminadora de fake news” e alvo da investigação contra o gabinete do ódio. Após ser criticado, Renan decidiu retirar o pedido de pauta e disse que o pedido foi um “equívoco” de sua assessoria.

“De início, falo sobre retirada da pauta sobre transferência de sigilo da rádio Panamericana SA. Mais uma vez, desculpa pelo equívoco da assessoria”.

Já o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), saiu em defesa de Renan e ironizou Marcos Rogério, já que o mesmo congressista não defende a imprensa quando Jair Bolsonaro ataca jornalistas.

“Vamos sim, defender, uma imprensa livre, democrática. Posso discordar da linha editorial, mas o princípio que eu defendo é para todos”.

Cláudia Beatriz:
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