Por Severino Goes – Conjur
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (30/7) a retomada da regular tramitação do inquérito que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O caso foi iniciado pela Procuradoria-Geral da República no ano passado, depois que Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, levantou a suspeita contra o presidente da República.
No dia 20 deste mês, o ministro já havia prorrogado o inquérito por mais 90 dias, pela terceira vez. Em seu despacho desta sexta, Alexandre considera a necessidade de que sejam feitas diligências pendentes para o prosseguimento das investigações, não se justificando a suspensão da tramitação que havia sido decretada em setembro do ano passado.
A retomada da tramitação, segundo o despacho, deve ocorrer independentemente do julgamento do agravo regimental interposto por Bolsonaro referente à forma como o presidente deve depor — se presencialmente ou por escrito —, caso que deve ser julgado pelo Plenário no dia 29 de setembro.
“Determino a imediata retomada da regular tramitação deste inquérito, independentemente do julgamento do agravo regimental interposto pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, que está previsto para data breve, 29/9/2021. Comunique-se à autoridade policial. Ciência à Procuradoria-Geral da República”, diz o ministro em seu despacho.
A abertura do inquérito foi autorizada em abril de 2020 pelo então relator, ministro Celso de Mello. O magistrado, agora aposentado, entendeu que os crimes supostamente praticados por Bolsonaro, conforme narrado por Moro, podem ser conexos ao exercício do mandato presidencial.
Celso também considerou que o inquérito não pode ser sigiloso, como forma de garantir o direito de liberdade de imprensa e o amplo acesso da população aos autos.
carlos
01/08/2021 - 13h09
Parabéns ministro, tenha coragem de prender esse barrabás, genocida , insurgente prevaricador.
Paulo
31/07/2021 - 22h55
A interferência é patente e está registrada em vídeo, naquela fatídica reunião pornopolítica…Mas e daí? Não resulta em nada com Aras como PGR. Isso precisa ser rediscutido. No mínimo, a lista tríplice deveria ter caráter cogente para o presidente da República, na escolha do PGR. Sem isso, todos os canalhas se blindam e não acontece nada. É uma República de mentirinha, de faz-de-conta…
EdsonLuiz.
31/07/2021 - 13h35
Divergência de idéias não comporta mesquinharias.
PELA DEFESA DO ESTADO!
Seja contra uso populista;
Seja contra uso criminoso;
Seja contra aparelhamento por hegemonismo;
Seja para qualquer proveito particular, por pessoas ou por forças políticas:
ABAIXO O USO INDEVIDO DO ESTADO !
Divergência de idéias à parte,Viva o esforço de Sérgio Moro no combate à delinquência!
(e que seus excessos eventuais para suprir lacunas de legislação, com descumprimentos de ritos legais secundários, puramente acessórios, sejam saneados e as ações, saneadas , tenham prosseguimento. Que Moro nem ninguém que se entregue ao combate de crimes contra a sociedade ou contra o Estado seja ofendido por picaretas cúmplices de criminosos).
Porque mesquinharia política por divergência de idéias e de visões de mundo é para quem não as tem. Ou para quem, por conveniência para proteger delinquência, pratique mesquinharias.
E perseguição a gente séria para instituir a delinquência dentro do próprio Estado é barbárie.
Que o ex-juiz Sérgio Moro ou qualquer cidadão que defenda o Estado não seja
punido por eventuais excessos processuais que tenham praticado na ânsia de combater crimes. Que não sejam atingidos para proveito de bolsonaro ou de qualquer outro delinquente.
Alan C
31/07/2021 - 10h22
Olha, 2023 promete… entendedores, entenderão.
Zulu
31/07/2021 - 09h58
O Xerife , o intimidador, o jagunço do STF.