Saiu no Globo há pouco:
BRASÍLIA – Após garantir o maior orçamento do governo (superior a R$ 700 bilhões) ao ficar responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões do INSS, o novo Ministério do Emprego e Previdência será palco de uma disputa por cargos.
A pasta, anunciada para acomodar o atual ministro da Secretaria de Governo, Onyx Lorenzoni, abrirá pelo menos 202 vagas relevantes, com poder de decisão, que poderão ser usadas para indicações políticas. (…)
O Brasil é país da piada pronta.
O governo Bolsonaro, eleito com a promessa de reduzir a máquina do Estado, incluindo o número de ministérios, voltou a criar novas pastas. Uma delas é o Ministério do Emprego, que será a mais rica de todas, com orçamento superior a R$ 700 bilhões, centenas de vagas para indicações políticas, além daqueles profissionais e empresas que pode pagar via contrato.
Ou seja, Bolsonaro parece determinado a gerar empregos, mas não é para a população, e sim para seus novos melhores amigos do centrão fisiológico e corrupto.
Ciro Nogueira, o novo manda-chuva do governo, deve estar feliz da vida.
Quem talvez esteja triste é general Luiz Eduardo Ramos, o atual ministro chefe da Casa Civil, vaga que será ocupada por Nogueira a partir de agora.
Mas não devemos nos preocupar muito com o estado emocional de Ramos, porque ele ao menos poderá paga rum bom spa com a bolada de R$ 111,3 mil que recebeu em junho deste ano, valor 183% acima do teto constitucional do serviço público no Brasil.
Segundo o IBGE, o desemprego no Brasil chegou a 14,7% ao fim do primeiro trimestre de 2021, um recorde histórico. São 14,8 milhões de desempregados.
Vendo pelo outro lado, pelo número de brasileiros empregados, o quadro é ainda pior: temos hoje 85,6 milhões de brasileiros trabalhando, 7 milhões a menos do que ao final de 2018, quando o novo governo se elegeu.
A pandemia não pode ser desculpa, porque diversos países conseguiram atravessar a pandemia mantendo o nível de ocupação estável ou mesmo em declínio, através de iniciativas governamentais audaciosas.
No Brasil, ao invés de trabalhar para gerar empregos e combater a pandemia, temos um presidente que passa as manhãs e as tardes de conversa fiada com fanáticos no “cercadinho”, e os finais de semana andando de moto com seus seguidores.