Na manhã desta terça-feira, 27, o ex-presidente Lula (PT) concedeu entrevista a Rádio Difusora de Goiás e criticou aqueles que desejam uma eleição sem polarização entre ele e Jair Bolsonaro. O líder petista lembrou que às eleições presidenciais no Brasil são polarizadas desde 1989.
“Quem quiser evitar polarização, se candidate. É simples. Eu lembro que em 89 entrei como azarão, disputando com 12 candidatos. E fui pro 2o turno. Cada partido que tiver incomodado, basta lançar candidato”, afirmou.
Lula também afirmou que apesar das derrotas sofridas antes de se tornar presidente, sempre prezou pela civilidade e pela aceitação do jogo democrático, sem apelar para bravatas autoritárias ou a defesa de outro sistema eleitoral.
“Na minha vida perdi 4 eleições. Sempre ia pra casa me preparar pra próxima. Já quem ganha tem que governar. Mas o Bolsonaro é um pregador de ódio. Só sabe transmitir ódio cada vez que abre a boca”, ressaltou.
Nos últimos dias, alguns analistas políticos sugeriram que Lula ocupe a vice na chapa presidencial de 2022 e o petista ironizou. “Quem tá pedindo pra eu ser candidato a vice deveria se lançar candidato a presidente”.
“Um candidato a vice precisa ser parceiro. De confiança. Se eu for candidato, quero um vice que dê complementariedade nas funções do governo. Quero um vice atuante. E que seja uma pessoa que eu gosto, que eu vá dormir tranquilo. Sabendo que ele também vai cuidar do país”.
Sobre a condução de Bolsonaro na Pandemia, o ex-presidente disse que as mortes pela Covid-19 no Brasil devem ser jogadas “nas costas” do ex-capitão.
“Bolsonaro se elegeu com bravatas e as bravatas vão caindo. Ele não levou a sério a questão da pandemia, chamou de gripezinha, não respeitou a ciência, não comprou vacina. Cometeu um verdadeiro desastre sanitário que levou a quase 550 mil mortos. E um dia será responsabilizado”, avaliou.
Assista a entrevista na íntegra!