O Governo Bolsonaro por meio da Advocacia-Geral da União enviou à Procuradoria-Geral de Justiça Militar uma peça de acusação contra sete associações de militares.
A AGU comandada por André Mendonça, cotado para o STF, acusa essas associações de “desenvolvimento de atividades típicas de sindicato”. De acordo com UOL, o Ministério Público Militar abriu um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar a acusação da AGU.
O diretor da Amiga (Associação de Militares Inativos de Guaratinguetá e Adjacências), sargento da reserva Adão Farias (Aeronáutica), disse que Bolsonaro trai uma de suas bandeiras, a defesa dos militares de baixa patente.
“Bolsonaro sempre se elegeu defendendo o direito dos militares de baixa patente e, agora que é presidente, seu governo quer punir as associações que representam justamente esse grupo”. A Amiga foi um dos alvos da peça acusatória e o militar lembra que esse tipo de acusação era corriqueiramente feita durante a Ditadura Militar.
“É represália pela mobilização, que aconteceu em outubro de 2019, quando as associações agiram estritamente dentro da lei”, afirma o presidente da associação.
“O único objetivo dessa mobilização foi dar informações aos parlamentares que estavam votando a lei sobre os prejuízos que seriam causados para uma parcela dos praças e oficiais de baixa patente”, completou.
Já o presidente da Amfaesp, Almeida de Jesus disse que “não tivemos oportunidade de defesa, não sei como isso ocorreu. Na quarta-feira [21], chegou um aviso pelo correio, um absurdo”.