O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), se transformou numa peça-chave para a formação do palanque para o ex-presidente Lula (PT) no estado do Rio.
Após ter ganhado musculatura e influência na política fluminense com a presidência da Alerj, Ceciliano virou o principal articulador de Lula no estado. Com bom trânsito entre a maioria dos parlamentares locais, Ceciliano também solta alto e quer disputar uma vaga ao Senado Federal em 2022.
Já Lula colocou no radar a possibilidade de abrir mão de um candidato ao Palácio das Laranjeiras e com isso já articula para ter um amplo arco de alianças no estado para disputar a presidência. No leque de acordo em prol de Lula, Ceciliano conversa com partidos de centro e centro-direita.
Com informações do O Globo.
EdsonLuiz.
26/07/2021 - 14h46
A política no Rio de Janeiro tem sido assim : o político ocupa um espaço, ganha um mandato, sobe mais um pouco, se gradua e entra na fila para se candidatar a governador. Quando ganha, passa imediatamente para outra fila, a de ex-governadores …presos.
E essa última fila anda. Nos últimos quatro anos, presos : Moreira Franco, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral, Fernando Pezão. E tem mais gente andando na fila para a cadeia.
O buraco financeiro que resulta do financiamento das carreiras destes… . … POLÍTICOS, o Brasil vem pagando. De tempos em tempos a dívida do Rio com o Tesouro Federal é negociada e a conta sobra para todos os brasileiros.
Faz muito tempo que eu estou com o estômago embrulhado de nojo dessa …política… e desesperado para que as filas andem em outra direção.
Minha esperança no Rio de Janeiro era o PSOL, seu histórico de honestidade, de integridade.
Na concepção de Nicolau Maquiavel, política é força. É a soma da virtù conjugadas à boa sorte, constitui a força necessária para o líder ser bem sucedido na conquista do poder. E o líder precisa ter força.
Eu vejo essa força no deputado federal Marcelo Freixo. E vejo compromissos importantes no PSOL para mudar a qualidade deprimente do exercício da política no Rio de Janeiro, até para que seja saneada a farra de gastos que financia as carreiras destes … políticos e para que essa interminável fila para a cadeia mude em outra direção e o dinheiro que usamos para financiar o Rio passe a servir para financiar mudanças estruturais que comecem a diminuir a miséria no Brasil.
O PSOL, com Freixo, era minha esperança de imediato ou mais à frente, quando se viabilizasse sem precisar se submeter a certas concessões. Mas, para mim, é o partido político o mais importante e não o candidato, para que carreiras políticas não se transformem em projetos pessoais ou particulares. E hoje é no PSOL que eu vejo um partido para que a direçào e a qualidade da política do Rio comece a mudar.
Tenho sempre a minha tríade : projeto + nome + partido. Claro que eu considero ser maior a possibilidade de sucesso com uma ampliação da articulação do projeto para partidos ou setores de partidos sérios e que o projeto se torne unitário, com o compromisso de que a articulação se mantenha até a consolidação de alguns objetivos para sanear o ambiente para o exercício da política. Mas o que estou vendo acontecer não está nessa direção. Vi que o Freixo abandonou o PSOL, alienou o projeto de composição ampla entre partidos ou setores sérios ao apoio de um candidato a presidente, com a exclusão automática dos demais e assim estreitou a articulação que poderia mudar a qualidade da política do Rio.
Esse André Ceciliano amplia a articulaçào da candidatura de Freixo, e amplia muito. Mas amplia em muitas direções, incluindo as direções que eu nào confio pelo histórico que possuem.
Eu não estou achando as coisas assim uma boa fortuna para o Rio de Janeiro.