O embarque do senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro fez com que a ideia de Bolsonaro se filiar ao Progressistas ganhasse força nos últimos dias. Porém, existe um racha dentro do partido.
Além de Bolsonaro, também se cogita a hipótese de filiar o ministro das Comunicações, Fábio Faria (atualmente no PSD), e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que hoje está no DEM de ACM Neto.
De acordo com a Folha, o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia que a candidatura a reeleição de Bolsonaro pelo partido não seria benéfica para sua campanha pela reeleição ao comando da Câmara, no início de 2023 e uma derrota de Bolsonaro na disputa presidencial pioraria ainda mais a situação do partido.
Recentemente, Bolsonaro disse que “estou tentando um partido que eu possa chamar de meu” e tem feito afagos públicos ao Progressistas, partido que foi filiado de 2005 a 2016. Contudo, sua volta não é bem aceita pelos caciques da legenda, em especial no Nordeste, que estão mais próximos de apoiar o ex-presidente Lula.
Com isso, parlamentares pepistas temem que a volta de Bolsonaro as fileiras da legenda seja maléfica aos acordos regionais que estão sendo costurados para 2022, em especial noa diretórios nordestinos do PP.
Um exemplo clássico é na Bahia onde João Leão preside localmente o partido, é vice-governador de Rui Costa (PT) e já comunicou publicamente que deve apoiar a candidatura de Jaques Wagner (PT) na disputa pelo Palácio do Ondina.