Pesquisa eleitoral no Rio mostra dificuldades da terceira via

O Rio de Janeiro tem sido um estado que favorece a terceira via.

No primeiro turno de 2018, Bolsonaro obteve 5,1 milhões de votos no estado, ou 60% do total.

O segundo lugar foi para Ciro Gomes, que obteve 1,30 milhão de votos, 15,2% do total, um pouco acima de Haddad, cuja votação chegou a 1,25 milhão de votos, 14,7% do total. 

Em 2014, a terceira via, representada por Marina Silva, teve um resultado melhor: 2,59 milhões de votos, ou 31,0% dos votos válidos no estado, quase 350 mil votos a mais do que Aécio Neves. Dilma havia obtido 2,97 milhões de votos fluminenses no primeiro turno.

Em 2010, Marina havia obtido 2,69 milhões de votos no estado do Rio, cerca de 770 mil votos a mais do que Serra. 

Para 2022, todavia, as previsões não são boas para nenhum nome da terceira via. Nem mesmo Ciro, que teve um desempenho razoável no Rio em 2018, sobretudo na capital, conseguiu fixar seu nome junto ao eleitorado fluminense. 

Segundo o Instituto Ranking, que realizou pesquisas por telefone com 2 mil eleitores, entre os dias 18 e 22 de julho, Lula tem a liderança das intenções de voto para 2022, com 34,1% dos votos, sendo logo seguido por Bolsonaro, com 31%. 

O terceiro lugar é dividido entre Moro (3,7%), Ciro (3,5%), Huck (2,3%), Datena (2,2%), João dória (2,0%), Eduardo Leite (1,2%), Mandetta (1,2%) e Simone Tebet (1,1%).

 

 

Com 12 milhões de eleitores, ou 8% do total nacional, o estado do Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do país. 

Na pesquisa espontânea, aquela onde não são apresentados os nomes dos candidatos, Lula também lidera, com 21%, seguido de Bolsonaro, com 18%. Moro, Ciro e Doria tem perto de 2%.

 

No cenário de um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista larga na frente, com 42%, 5 pontos a mais que os 37% do presidente. 

 

Bolsonaro tem uma desvantagem em 2022: lidera o ranking de rejeição no estado do Rio. Segundo a pesquisa, 34% dos entrevistados disseram que não votariam em Bolsonaro. Lula, por sua vez, tem 30% de rejeição entre eleitores fluminenses. Ciro, 10%. 

 

A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.

Outra importante diferença entre o Bolsonaro de 2018 e o de 2022 é que o primeiro, aquele da facada, tinha baixíssima rejeição e era uma novidade.

Bolsonaro hoje tem desaprovação pessoal de 60% junto a eleitores fluminenses,  segundo o mesmo instituto. 

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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