Nesta sábado, 24, Jair Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas e a defender o voto impresso apelando novamente para o discurso falacioso de fraude.
O ataque foi feito para seus poucos apoiadores que estavam na porta do Palácio do Alvorada. Enquanto isso, dezenas de milhares foram às ruas em mais de 400 cidades para protestar contra seu governo.
Bolsonaro falou que deve apresentar as supostas “provas” da “fraude” na eleição de 2014 na próxima quinta-feira, 29.
“Na quinta-feira eu vou demonstrar em três momentos a inconsistência das urnas, para ser educado. Não dá para termos eleições como está aí”, disse.
Ele também voltou a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso (STF) e insinuou que o magistrado “negociou” para ter apoio dos partidos sobre a permanência das urnas eletrônicas.
“Você vê o Barroso falar: as eleições são confiáveis. Se são confiáveis, por que não bota o impresso também? Qual o medo dele? É da boca pra fora? Vocês acreditam que o que ele tá falando é realmente verdadeiro?”
“É inadmissível um ministro presidente do TSE, Barroso, ir pra dentro do Congresso não sei o que ele negociou, o que ele falou, porque rapidamente ele cativou grande parte dos líderes, se apaixonaram por ele. Não sei o que ele ofereceu e no dia seguinte trocaram os integrantes da comissão especial que analisa a PEC do voto impresso. Dá pra desconfiar ou não dá?”
Bolsonaro se referiu ao ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas, como “bandido”.
“Vocês acham que alguém ia tirar um bandido da cadeia, torná-lo elegível para não ser presidente? Na fraude? Não tem que raciocinar, é isso. Por que são contra o voto impresso? Qual o problema?”, esbravejou.
“Se o Lula segundo o Datafolha tem 49% no primeiro turno e 60% no segundo, geralmente quem frauda é quem está no governo. Estou dando a chance para ele ganhar no primeiro turno com voto impresso. Ele é o primeiro a ser contra”, completou.