Por Altamiro Borges
O site recém-criado Diário-98 informou nesta terça-feira (20) que “um movimento articulado por artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão tem o objetivo de apresentar ação requisitando que a Justiça proíba a Havan, loja de varejo de Luciano Hang, de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade em São Luís”.
Desde que o empresário bolsonarista anunciou a sua intenção provocadora de montar o famoso símbolo do império, uma petição eletrônica do movimento “Aqui Não” já reuniu 3.130 assinaturas contra esse “insulto à história e cultura do povo maranhense”. A iniciativa segue ganhando adesões nas redes sociais e já planeja outras iniciativas de protesto.
“Nada contra emprego e renda. Nada contra o livre mercado, desde que exercido por quem respeita os direitos sociais e trabalhistas. Por quem respeita a liberdade de expressão, a democracia, os direitos humanos. Não é o caso do personagem caricato, aventureiro, por trás da Estátua da Liberdade”, afirma a petição.
Patrimônio da Humanidade pela Unesco
O texto ainda afirma que a réplica da estátua em São Luís, prevista para ter 35 metros, não é compatível com a cultura e a arquitetura da cidade, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Além disso, o movimento cobra uma posição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Alguém consegue imaginar uma Estátua da Liberdade em Olinda, Ouro Preto ou Diamantina? Não dá. A exemplo de São Luís, são cidades tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em qualquer um desses sítios urbanos, instituições como o Iphan reagiriam com rigor”, diz o texto.
Como afirma o site Diário-98, nem todas as cidades do pais que possuem lojas da rede tem essa réplica ridícula, típica do complexo de vira-lata do “Véio da Havan”. Em várias cidades, ela também foi rejeitada. Até o momento, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), que teve o apoio do fascista Jair Bolsonaro em 2020, não se posicionou sobre a estátua.