O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), recebeu uma ameaça do ministro da Defesa, general Braga Netto, cerca de 24 horas depois de ter divulgado uma nota golpista assinada por ele e pelos três comandantes das Forças Armadas.
De acordo com Estadão, Braga Netto reforçou a tese de Bolsonaro sobre o voto impresso e disse a Lira que se não houver esse sistema nas eleições de 2022, o pleito não será realizado.
Através de um interlocutor, o general “pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável”.
Após ser ameaçado, Lira pediu foi ao encontro de Bolsonaro, que disse que jogaria “dentro das 4 linhas da Constituição”. Na reunião, o pepista reforçou seu apoio ao governo, mas que não iria admitir um golpe de estado.
É nítido que Braga Netto, conhecido por ser o general mais bolsonarista de todos, está tentando emparedar o Congresso Nacional em meio a profunda crise política enfrentada por Bolsonaro e diante dos avanços das investigações contra militares acusados de participarem do escândalo de corrupção denunciados na CPI da Pandemia.