O PSOL divulgou uma nota sobre os últimos protestos em Cuba contra o presidente Miguel Dias Canel.
No comunicado, o partido afirma que o mandatário do país caribenho “reconheceu a legitimidade das críticas” e que “nosso repúdio a quaisquer interferências estrangeiras nos assuntos internos de Cuba, bem como a quaisquer hostilidades produzidas contra o corpo diplomático deste país no Brasil”.
Leia o comunicado na íntegra!
Cuba vive uma onda de protestos nos últimos dias motivada pelas difíceis condições econômicas do país, agravadas durante a pandemia de Covid-19.
O presidente cubano, Miguel Diaz Canel, reconheceu a legitimidade das críticas em relação à situação do país e se deslocou até San Antonio de los Baños para dialogar com os manifestantes.
Ele mesmo afirmou, em comunicado, que “há pessoas insatisfeitas, com incompreensões, com desejo de expressar algum problema”. Reafirmamos nossa confiança no governo cubano e em seus esforços para contornar a grave crise econômica sem afetar as conquistas da revolução.
Manifestamos, ainda, nosso repúdio a quaisquer interferências estrangeiras nos assuntos internos de Cuba, bem como a quaisquer hostilidades produzidas contra o corpo diplomático deste país no Brasil.
Reiteramos, por fim, nossa denúncia do criminoso bloqueio imposto pelos Estados Unidos, responsável último pela crise econômica que atinge a qualidade de vida do povo cubano. Aqueles que estiverem verdadeiramente comprometidos com o bem-estar de cubanas e cubanos, devem se somar a essa denúncia.
Juliano Medeiros
Presidente Nacional do PSOL
Lionel
17/07/2021 - 14h12
Muito engraçado um “psolista argentino” debatendo a situação de Cuba com um cubano.
https://youtu.be/WEPp9opMTzw
Bandoleiro Cansado
17/07/2021 - 09h59
De um receptaculo de desadatados como PSOL nao podia sair outra coisa.
EdsonLuiz.
17/07/2021 - 09h57
Eu acho que o digno PSOL, que aqui no Brasil tem demonstrado compromisso com essencialidades democráticas, deve repensar o relativo apoio que uma nota com este teor empresta à ditadura cubana.
Relativizar o caráter ditatorial de um regime por identificação ideológica retira completamente legitimidade para a denúncia necessária a qualquer outra ditadura com a qual não se tenha nenhuma identificação.
Ditaduras não são legítimas nunca. Apoio a ditaduras nada tem de democrático. Apoio a ditaduras nada tem de progressista, NUNCA, tenha a ditadura o sabor ideológico que tiver.
Como justificarei repúdio ao regime autoritário da Arábia Saudita se relativizo o caráter ditatorial cubano e a ele me solidarizo contra o povo? Como justificarei minha indignação contra um eventual endurecimento do regime no Brasil patrocinado por jair bolsonaro ou por algum outro militar ou civil autoritário, se em algum momento estive ou estarei cúmplice de regime autoritário de outro sabor quando me for conveniente? Como dar caráter universal à democracia que eu defendo se relativizo a democracia ao sabor de minhas intenções? Como consolidarei junto a outros democratas a necessária confiança em minhas declarações de intenção democráticas e progressistas se me cumpliciar a alguma ditadura, a ela me associando pela relativização de seus atos nefastos?
O PSOL deve repensar esse apoio a Cuba enquanto aquele regime for ditatorial. Nunca se é progressista quando se relativiza ditaduras. Nunca se é de esquerda quando se apoia ditadores. O apoio a autoritários e truculentos só nos faz cúmplices de autoritários.
edsonmaverick@yahoo.com.br
Kleiton
17/07/2021 - 09h00
Pela surpresa de ninguém o PSOL se colocou ao lado da ditadura cubana.