O representante da Davati, Cristiano Carvalho, confirmou em depoimento à CPI da Pandemia que teve conhecimento de um pedido de comissão para aquisição de vacinas pelo Ministério da Saúde.
Contudo, ele disse que não ficou sabendo sobre o termo “propina” e ressaltou que o valor dessa comissão seria para o “grupo” do coronel da reserva e ex-assessor da pasta, Marcelo Blanco.
“A informação que veio a mim foi que, vale ressaltar, não foi o nome propina. Ele (Dominghetti) usou comissionamento. Ele se referiu a esse comissionamento com sendo do grupo do tenente-coronel Blanco [coronel da reserva Marcelo Blanco], e a pessoa que havia apresentado a ele (Dominghetti) ao Blanco, que é de nome Odilon”, revelou.
O representante também relatou a CPI que o diretor de Logística da Saúde, Roberto Ferreira Dias, superior de Blanco, o procurou dias antes de oficializar o contato, em 3 de fevereiro.
No seu depoimento, Dominguetti acusou Dias de cobrar propina de US$ 1 por dose para fechar a negociação de 400 milhões de doses da AstraZeneca. Nenhum deles tinha aval da fabricante. Mas por sua vez, alegou que esse US$ 1 “nunca foi mencionado”.
“Ele [Dias] falou que estava buscando vacinas ao governo federal, que não estava encontrando através dos fabricantes. Ele queria saber como era feita a aquisição, como era pago”, completou.
Assista o depoimento na íntegra!
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