Nesta quarta-feira, 14, o Governo Bolsonaro através de documentos do Ministério da Saúde admitiu à CPI da Pandemia que medicamentos que compõem o chamado “kit covid” são ineficazes contra o novo coronavírus. O tal do “tratamento precoce” foi amplamente defendido por Jair Bolsonaro e aliados.
“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, afirmou o governo.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde sob o comando do general Eduardo Pazuello recomendou o uso desses medicamentos no aplicativo TratCov. Foi nesse mesmo mês que ocorreu o colapso de oxigênio em Manaus (AM) que devido a isso bateu recorde no número de mortes. O aplicativo foi retirado do ar após esse episódio.
Uma das linhas de investigação da CPI é sobre a existência de um gabinete paralelo no Ministério da Saúde e a comissão, até o momento, já ouviu os suspeitos de integrarem essa pasta clandestina que defendeu o uso desses medicamentos ineficazes, são eles: o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o ex-chefe da comunicação do governo, Fábio Wajngarten, as médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi, ex-chanceler Ernesto Araújo e o empresário Carlos Wizard.
Com informações do Congresso em Foco