O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que subestimou a capacidade de Jair Bolsonaro de “fazer o mal”. Em 2018, Leite declarou declarou que votaria em Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
“Era um caminho muito difícil. A volta do PT ao poder parecia um mal maior naquele momento. Eu menosprezei de fato a capacidade de fazer o mal do Bolsonaro. Eu não considerava, especialmente não sabíamos que haveria uma pandemia em que esta crueldade do presidente se apresentasse fatal, como se apresenta, com perdas de vidas”, afirmou em entrevista ao Valor.
Mas apesar de ter declarado voto em Bolsonaro, o governador gaúcho disse que não fez campanha para o ex-capitão como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) que saiu derrotado para Leite no RS.
“Fiz uma declaração de voto, e não fiz campanha casada, não fiz material, não pedi votos. Apoiar é pedir votos. Foi bem diferente [do Doria], bem diferente; e do que meu principal adversário no Rio Grande do Sul, o então governador [José Ivo] Sartori [do MDB] fez”.
Sobre um possível 2° turno entre Lula e Bolsonaro nas eleições de 2022, Leite disse que vai trabalhar para evitar esse cenário.
“Vou lutar tudo o que eu posso para evitar essa situação. Se ela acontecer, vamos discutir lá na frente que tipo de posicionamento acontecerá. Lula não vai cicatrizar as feridas deixadas abertas por Bolsonaro porque está na raiz da divisão”.
Além disso, ele também negou que será vice na chapa de Ciro Gomes (PDT). “Uma candidatura a vice, não apenas do Ciro como de qualquer outro candidato, é algo sobre o que menos me inclino. Aí ficaria no Rio Grande do Sul, para concluir o meu mandato e ajudar a conduzir o processo eleitoral local, da sucessão, e daria a minha contribuição à candidatura que viesse a ser consagrada no centro”.
Marcus Padilha
15/07/2021 - 15h43
Alguém deveria dar um cala boca nesse burguesinho de merda!