Na noite desta quarta-feira, 14, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fez leitura do pedido de prorrogação da CPI da Pandemia e concedeu a extensão da comissão por mais 90 dias. Com isso, a CPI vai funcionar até meados de novembro.
Devido ao recesso parlamentar, a comissão perde a validade no início de agosto. Porém, o núcleo da CPI exerceu pressão para que a presidência do Senado prorrogasse os trabalhos. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou no Plenário da Casa o requerimento com as assinaturas necessárias.
“Há uma expectativa de aprovação da LDO e consequentemente do recesso parlamentar, de modo que o prazo da CPI ficaria suspenso. E aí, então, nessa hipótese, se encerraria [o prazo da CPI] no dia 7 de agosto de 2021. Portanto, sendo esta a sessão de hoje a última sessão do Senado antes do recesso parlamentar, impõe-me comunicar ao plenário que recebi, como presidente, requerimento do senador Randolfe Rodrigues e outros senadores, solicitando a prorrogação por 90 dias”, anunciou Pacheco.
“O requerimento lido contém subscritores em número suficiente para prorrogar a CPI e será publicado para que produza os devidos efeitos”, completou.
As denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas que foram apresentadas tanto pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) quanto pelo seu irmão, o servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, foram o estopim para que a CPI fosse prorrogada.
Já nos bastidores, o Governo Bolsonaro trabalhava para tentar pôr um fim na comissão na medida que os escândalos envolvendo o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), ganhava notoriedade. A decisão de Pacheco foi uma derrota para o Planalto.