O ex-deputado federal e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que “praticamente a totalidade dos que foram fazer uma intervenção militar no Ministério da Saúde não tinham preparo para o assunto”.
Ele também avaliou na entrevista ao Metrópoles que existe “uma relação direta entre a ocupação militar burra com as mortes” e declarou com firmeza que os “militares não são cúmplices, são coautores” da desastrosa gestão na pasta.
Com isso, o demista defendeu a aprovação de uma lei onde prevê que militares só podem assumir cargos públicos civis se deixarem a farda. “Não dá para ficar nesse limbo. Somando salários. E isso incorpora para a aposentadoria. Quer dizer, uma coisa mesquinha”, rechaçou.
Já sobre a nota divulgada pelo Ministério da Defesa e assinada pelos comandantes das Forças Armadas com um tom ameaçador a CPI da Pandemia, Mandetta classificou isso foi “desproporcional e extremamente agressiva ao Senado da República”.
“Foi uma ameaça. O Brasil está um barril de pólvora, com álcool, palha, gasolina, e o Bolsonaro está querendo fumar. Todo dia ele fala que não vai ter eleição, que a urna não presta, que é o meu Exército”, lembrou.
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