Por Rodrigo Perez
Quem devolveu Lula ao jogo eleitoral foi a força de Jair Bolsonaro, que desde o primeiro dia de mandato só fez radicalizar a agenda disruptiva que o levou ao Palácio do Planalto em 2018.
Bolsonaro, e seus seguidores orgânicos, estão convencidos de que conduzem uma revolução no Brasil. Revolução contra um antigo regime corrupto e corruptor. Pra essa gente, rachadinha não é corrupção. É esqueminha, acordinho, na cordialidade, no amor, nada demais.
Bolsonaro se tornou ameaça tão perigosa que o sistema se viu obrigado a recorrer a Lula. Previsível, respeitador de ritos, homem de consenso e diálogo. Diante do risco Bolsonaro, Lula se tornou estratégico para a conservação do sistema.
Acontece que nas últimas semanas, segundo dados disponibilizados em pesquisas de aferição de opinião pública, Bolsonaro está derretendo, ficando cada vez mais limitado à sua base orgânica. Não é suficiente pra vencer eleição e nem pra sustentar qualquer aventura golpista.
Frações do sistema já antecipam movimentos, tendo em vista o enfraquecimento de Bolsonaro. A avaliação é que Bolsonaro já não é perigo tão grave assim, o que acaba diminuindo a importância poltiica de Lula.
Começa, então, a busca por outro nome, capaz de derrotar um Bolsonaro em decadência e administrar o país sem relar no ultra neoliberalismo representado por Paulo Guedes, sempre definido pela grande mídia como “reserva técnica” do governo. A entrevista de Eduardo Leite a Pedro Bial foi um grande balão de ensaio. É como se essas frações do sistema estivessem pensado:
“Talvez Lula nem seja mais necessário. Vamos ver se emplacamos esse bonitinho, que vai tocar a agenda de Paulo Guedes na doçura, como um fofo, ao som de Madonna e Lady Gaga”.
Em palavras mais diretas:
A devolução dos direitos políticos de Lula aconteceu no momento em que o sistema estava acuado, assustado. Se o sistema entender que Bolsonaro já não representa grande risco, acho possível que arrumem jeito de retirar os direitos políticos de Lula outra vez.
Ou seja, a presença de Lula na corrida eleitoral depende da manutenção de Bolsonaro na disputa, e com alguma força. Lula, hoje, precisa de um Bolsonaro forte o suficiente para assustar o sistema.
Como já disse o grande maestro, o Brasil não é para principiantes.
Paulo
06/07/2021 - 19h34
“Bolsonaro, e seus seguidores orgânicos, estão convencidos de que conduzem uma revolução no Brasil. Revolução contra um antigo regime corrupto e corruptor. Pra essa gente, rachadinha não é corrupção. É esqueminha, acordinho, na cordialidade, no amor, nada demais”.
Verdade, mas nunca devemos nos esquecer, de outra parte, de que, para a esquerda, a moralidade é mera agenda burguesa…
Valeriana
06/07/2021 - 18h18
Qual sistema…?
O sistema Odebrecht, OAS,etc…?
O sistema bancario com recordes de lucros ?
O sistema das estatais assaltadas dia e noite ?
O sistema Globo ?
O sistema de propinas para PT e Cia ?
O sistema Mensalao ?
O sistema Petrolao ?
O sitema dos rentistas ganhando 12% de juros no Tesouro Direto ?
Mais alguns…?
Kleiton
06/07/2021 - 18h13
Tá chapado de crack né tio?