Defendida em caráter de desespero por Jair Bolsonaro, a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que propõe a
No sábado passado, 26, presidentes de 11 partidos do Centro Democrático fecharam questão contra esse sistema e, ao longo desta semana, outros partidos como PT e PC do B também se manifestaram contra a PEC.
Um levantamento feito pelo O Globo revela que dos 34 deputados votantes, 17 são contra o voto ante os 15 parlamentares que se declaram a favor do sistema. O presidente da Comissão Especial que foi criada para debater o tema, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), reconheceu que a proposta é quase inviável.
“Se o projeto fosse votado hoje, não teria maioria para ser aprovado. Há uma pressão política externa muito grande, dos partidos e do Supremo (STF), o que é muito ruim. Aí, desequilibra. Fiz um mapa de voto. O relatório vai ter muita dificuldade. E os partidos ainda estão fazendo mudanças e trocando integrantes”, afirmou.
Já o relator da PEC, deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), também avalia que a proposta defendida por Bolsonaro pode sofrer um grande vexame no Plenário e que o seu trabalho será de conter os danos.
“Estou tentando pacificar a questão com os partidos e evitar risco de ser derrotado, seja aqui ou no plenário. Reconheço que a votação está apertada, diria que está meio a meio. Mas o relatório não é algo imutável, vamos tentar um consenso ainda”, disse.