No cercadinho de hoje, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a usar o “voto impresso” como estratégia diversionista para não falar da corrupção em seu governo e tentar deslegitimar o processo eleitoral de 2022:
“(…) tiraram o Lula da cadeia, tornaram elegível, para ele ser presidente NA FRAUDE. Isso não vai acontecer!”
O vídeo mostra que Bolsonaro tenta envolver as instituições judiciais, TSE e STF, numa grande conspiração para fraudar as eleições e… eleger Lula! O principal argumento para vender essa teoria é a oposição de ministros de ambas as instituições contra a implementação do voto impresso no país.
Bolsonaro sabe que, mesmo que o congresso aprovasse, não haveria tempo hábil para se instalar impressoras nas 500 mil urnas em uso no Brasil.
Sua intenção é minar a confiança dos brasileiros no sistema eleitoral.
Se ele perder as eleições, será por “fraude”.
É uma armadilha na qual as pessoas responsáveis não devem cair.
Se o voto impresso for aprovado, Bolsonaro usará os problemas logísticos criados para o transporte de 150 milhões de comprovantes para provocar tumultos.
Como a recontagem – que ele obviamente irá pedir – pode durar semanas, Bolsonaro vai usar o tempo para tentar um golpe.
A urna eletrônica, sem nada impresso, divulgando o resultado final do pleito poucos minutos após o fim das eleições, impede as movimentações golpistas de Bolsonaro. Ele não poderá pedir “recontagem”, e terá dificuldades para judicializar.
Felizmente, a maioria esmagadora dos partidos e da opinião pública esclarecida já percebeu que o projeto do voto impresso, de autoria de Bia Kicis, é um cavalo de tróia para criar tumultos em 2022.
Até mesmo a comunidade hacker percebeu que, se há problemas na urna eletrônica, a solução não pode ser a impressão do voto, e sim a implementação de software livre e aberto.
Íntegra do cercado de hoje: