O presidente da CPI da Pandemia no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou nesta quarta-feira, 30, que o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira vai depor já nesta sexta-feira, 2.
O empresário que representa a empresa Davati no Brasil revelou em entrevista à Folha que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias
“[Ele disse] que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo”, afirmou o empresário.
Como a oferta criminosa não foi aceita por Dominguetti e nem pela Davati, o processo de compra do imunizante britânico foi paralisado pela pasta.
”Aí eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma”.
Dominguetti também disse ainda que esteve no Ministério da Saúde com o então secretário Executivo, Élcio Franco Filho, braço direito de Eduardo Pazuello, e com o próprio Dias para fazer uma oferta. “Não comprou porque não quis”, afirmou.