O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), voltou a dizer que Jair Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação no escândalo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.
Após o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) confirmar em depoimento à CPI de que comunicou a Bolsonaro sobre as irregularidades, o contrato de compra do imunizante indiano é investigado pela comissão.
Para tentar descredibilizar a notícia-crime assinada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) para que Bolsonaro seja processado por prevaricação, o líder do governo naquela Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que “a notícia-crime ora em análise não detém aptidão mínima nem justa causa idônea para seu devido prosseguimento”.
De forma imediata, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), respondeu ao congressista. “A sua questão de ordem não é para cá, é para outro ambiente. Não é para a CPI”.
O acordo para adquirir a vacina da Covaxin foi celebrada em 25 de fevereiro deste ano. Porém, a Medida Provisória que deu espaço para a compra, foi assinada no dia 10 de março, 15 dias antes da conversa entre Bolsonaro e Miranda.
“É muito mais grave o que envolve o presidente da República porque ele não só teve conhecimento, ele participou em todos os momentos”, disse Renan, discutindo com o líder do governo, para quem o relator estava antecipando um posicionamento sem investigar. “Seria o caso deste contumaz e compulsivo veiculador de fake news recuperar um pouco a sua memória”, afirmou.