No final da tarde desta terça-feira, 29, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em coletiva de imprensa que o Ministério da Saúde deve suspender a compra da vacina indiana Covaxin. A decisão foi tomada após denúncias de corrupção no contrato e isso se tornou o novo alvo da CPI da Pandemia no Senado.
“Não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, disse Queiroga.
Já o ministro-chefe da Controladoria-geral da União (CGU), Wagner Rosário, que estava ao lado de Queiroga revelou que o órgão vai abrir uma investigação para apurar as irregularidades na aquisição do imunizante.
“A gente suspendeu [o contrato de compra] por uma medida simplesmente preventiva, visto que existem denúncias que não conseguiu ser bem explicada pelo denunciante, então abrimos uma investigação preliminar na semana passada, uma auditoria específica em relação ao contrato, e o tempo de suspensão vai durar tão somente o tempo de apuração. Botamos uma equipe reforçada para a apuração, esperamos ser bastante célere nesse processo, e esperamos em não mais de 10 dias já ter uma resposta dessa análise”, detalhou.
Com Bolsonaro assombrado pelo impeachment, tem gerado uma discussão na consultoria jurídica, diretoria de integridade e áreas técnicas do Ministério da Saúde.
Por sua vez, a CPI tem suspeitas do contrato para a compra da Covaxin por ter sido fechado com celeridade e com o maior valor por dose, R$ 80, e por ter sido a única compra de vacina feita por um atravessador, a Precisa Medicamentos.