Pesquisa Exame/Ideia é pá de cal na candidatura presidencial de Doria

JOÃO DORIA E BOLSONARO EM TEMPOS DE PAZ. FOTO: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A pesquisa foi realizada apenas com eleitores do estado de São Paulo e trata apenas das eleições para o governo do estado, mas seus números impactam fortemente na conjuntura nacional.

Refiro-me à pesquisa da Exame/Ideia, divulgada hoje.

Ela impacta no cenário nacional principalmente pelas péssimas notícias que traz para o governador João Dória, um dos nomes que a “terceira via” poderia oferecer para quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro.

Perguntados sobre se Doria merece um segundo mandato como governador, 63% dos entrevistados na pesquisa responderam… não.

Como Doria não tem votos no nordeste, esse desempenho negativo no estado que governo pode ser a pá de cal em seus planos de concorrer a presidente da república pelo PSDB.

Há outro aspectos interessantes da pesquisa que também podem impactar o cenário nacional.

No cenário 1 da pesquisa para o governo do estado,  Geraldo Alckmin (PSDB) e Marcio França (PSB) lideram com 18% e 17%, respectivamente.

Ambos, França e Alckmin também tem excelente perfomance nos cenários de segundo turno. Ganham de Doria, Haddad e Boulos com larga vantagem.

A pesquisa eleva muito o passe de Alckmin, que pode ser candidato tanto pelo PSDB como pelo PSD de Gilberto Kassab.

Marcio França, por sua vez, lidera na corrida ao Senado, junto com Suplicy (PT).

Se o PSD conseguir atrair Alckmin, ele terá dois grandes palanques em 2022, Minas Gerais, com Alexandre Kalil, e São Paulo.

Em entrevistas recentes (inclusive uma que deu hoje a Globonews), Kassab tem defendido que seu partido deve ter uma candidatura própria, o que não seria surpreendente, pois a decisão pode ajudar a legenda a ampliar o número de deputados federais, e hoje o fundo partidário é calculado pelo tamanho da bancada.

PT e PSOL, no entanto, também aparecem com boas posições na pesquisa. Fernando Haddad é um dos líderes da pesquisa, e no cenário 2, sem Boulos, inclusive aparece na liderança, com 15%.

Tanto Haddad como Boulos podem ser um palanque importante para Lula em São Paulo, estado que detêm o maior colégio eleitoral do país.

Ainda sobre o PSDB, difícil especular que caminho a legenda seguirá. Houve anúncio de que haverá prévias para se decidir qual o candidato à presidência do partido, se é que terá um. Estão no ringue Doria e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

Redação:
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