A CPI da Pandemia quer apurar a ligação do líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), com a aquisição de outros imunizantes contra a Covid-19 além da indiana Covaxin. Na sexta-feira, 25, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), confirmou em depoimento na comissão que Jair Bolsonaro citou o nome de Barros no “rolo” da vacina indiana.
Na compra dos imunizantes chinês e russo, a CPI detectou similaridades comi vacinas mais caras compradas de laboratórios internacionais através de intermediários no Brasil que possuem ligação com Ricardo Barros.
Outros dois contratos, da Sputinik V (russa) e o da Convidecia (chinesa), entraram no radar da CPI e isso podem reforçar a convocação de Barros. A comissão acredita que o Governo Bolsonaro priorizou a compra de vacinas mais caras e de laboratórios representados por intermediários no Brasil.
De acordo com o Estadão, os membros da CPI já cogitam a prorrogação da comissão. O prazo inicial para o término da CPI é no dia 27 de julho. Os senadores também avaliam que as últimas revelações deixam o governo de Jair Bolsonaro cada vez mais na berlinda.
Com o preço de US$ 17,00 por dose, o governo Bolsonaro quis comprar 60 milhões de doses da Convidecia, imunizante produzido pelo laboratório chinês CanSino. No Brasil, a “atravessadores” dessa vacina é a Belcher Farmacêutica.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, chegou a assinar no dia 4 de junho deste ano a intenção de compra. Na cotação nacional, casa dose vale R$ 83,94. Se for efetivada a compra, o valor total será de US$ 1,020 bilhão, equivalente a cerca de R$ 5,036 bilhões.
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