Na noite desta quinta-feira, 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) volte a prisão imediatamente após o bolsonarismo violar por diversas vezes a tornozeleira eletrônica.
Com a decisão, Silveira deve voltar a ficar preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, onde em meados de fevereiro ficou detido após divulgar um vídeo atacando os ministros do STF e fez apologia ao AI-5, o ato institucional mais violento da ditadura militar. Em março, a preventiva foi substituída por prisão domiciliar, mas com o uso da tornozeleira eletrônica.
Ao todo, o aliado de Jair Bolsonaro praticou mais de 30 violações que foram detectados nos relatórios de monitoramento entre os meses de março e maio. Ainda de acordo com os documentos, Silveira teria feito o rompimento do lacre da tornozeleira, descarregou o aparelho e ignorou a área de inclusão.
Com todas esses apontamentos nos relatórios, Moraes determinou abertura de inquérito para atestar os atentados de Silveira contra a tornozeleira e com imposição de fiança no valor de R$ 100 mil, que até o momento não foi paga pelo bolsonarista.
“Importante destacar que a possibilidade de restabelecimento da ordem de prisão foi expressamente consignada, tanto na decisão que inicialmente substituiu a prisão, como na decisão que estabeleceu a fiança”, despachou.