Uma das bases de sustentação do Governo Bolsonaro é a propagação ilimitada de fake news. O bolsonarismo é alimentado sistematicamente com mentiras e ataques vis contra adversários políticos.
Além dos canais “oficiais” que Bolsonaro usa como o WhatsApp e Telegram para alimentar seus militantes mais radicais através do chamado gabinete do ódio, o seu “nucleo duro” resolveu criar uma nova rede social para reforçar a estrutura de mentiras e desinformação.
Com o endereço “bomperfil.com”, os usuários acessam para receber e propagar informações falsas sobre qualquer tema que Bolsonaro resolva pautar no seu festival de distração enquanto o Brasil perdeu mais de 500 mil vidas pela Covid-19 e seu governo sendo corroído pela impopularidade e a corrupção no atacado e varejo.
“É como unificar os usuários bolsonaristas do Twitter com os do Whatsapp, sem censura ‘comunista’. Imagina entrar nesse circuito fechado. Vendo a divulgação entre eles, é claro que servirá de canal para as eleições de 2022”, disse uma fonte em off ao O Cafezinho.
O suposto criador da rede social atende pelo nome de Bruno Luiz que reside em Orlando, na Flórida (EUA).
No Twitter, Bruno faz divulgações sobre um aplicativo do “bom perfil” e chega a marcar figuras tenebrosas do bolsonarismo como os deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), citado por 43 vezes no inquérito sobre os atos antidemocráticos.
O suposto criador também chega a marcar o próprio Jair Bolsonaro e um dos donos da RedeTV!, o empresário Marcelo de Carvalho. No post, Bruno reclama por estar sendo ignorado pelo núcleo bolsonarista.
Recentemente, o Palácio do Planalto na tentativa de melhorar a imagem de Bolsonaro junto a população cogita a possibilidade de criar um telejornal só para abordar “boas notícias” do Governo Federal. O nome já está definido: “Bom de Ver”.
Sobre a responsabilidade do Ministério das Comunicações, comandado por Fábio Faria (PSD-RN), o telejornal está sendo negociado pela pasta junto com a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Sirlei Batista. A EBC é responsável pela TV Brasil, canal onde o telejornal poderá ser transmitido.