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Na região metropolitana do Rio, refugiados se instalam em terreno onde seria um Polo Petroquímico

Na cidade de Itaguaí, pertencente a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, refugiados do genocídio em outros países e no Brasil se uniram em prol da construção de um território onde possam viver com autonomia e dignidade. O local escolhido foi um terreno onde seria construído um polo petroquímico que nunca saiu do […]

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Na cidade de Itaguaí, pertencente a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, refugiados do genocídio em outros países e no Brasil se uniram em prol da construção de um território onde possam viver com autonomia e dignidade.

O local escolhido foi um terreno onde seria construído um polo petroquímico que nunca saiu do papel. Intitulado como “Movimento do Povo”, a iniciativa é formada por famílias que erguem suas casas e espaços comuns de produção e preparação de alimentos, de sociabilidade e de conforto físico e mental.

Ao todo, já são mais de 3.000 famílias construindo a luta popular do Campo de Refugiados 1º de Maio, sendo a maioria de famílias brasileiras, mas também com famílias nigerianas, angolanas, haitianas, portuguesas, venezuelanas e chilenas.

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A base do Movimento do Povo é alimentada pela luta popular e conta com o apoio de lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). As famílias têm recebido também o apoio material e imaterial da Federação Única dos Petroleiros (FUP), militantes e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) do subúrbio carioca e do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

De acordo com a organização do Movimento do Povo, as principais necessidades urgentes são divididas em três frentes. A primeira é a segurança alimentar das famílias. Mesmo com o auxílio dos apoiadores, ainda existe dificuldade de acesso a proteína vegetal e animal. Devido à crise econômica e social aprofundada pelo Governo Bolsonaro, a disparada no preço dos alimentos tem dificultado o acesso dessas famílias. 

A segunda frente é a questão da infraestrutura do Campo de Refugiados. O acesso à água potável ainda é precário e não há acesso à energia elétrica, dificultando ainda mais o cotidiano dessas pessoas. Com isso, as acampadas e os acampados necessitam urgentemente de materiais para a construção na parte hidráulica e elétrica, como encanamentos, caixas dágua, fiações, conectores etc.

Além disso, a cozinha comunitária encontra-se em um espaço provisório, sendo necessário construir um espaço permanente e adquirir equipamentos que possam viabilizar o funcionamento para a alimentação decente e digna.

A terceira frente é relacionada as medidas de prevenção da Covid-19. Devido as dificuldades de acesso à água potável, as famílias precisam de máscaras de proteção de maior qualidade, como a padrão PFF2. A distribuição de álcool gel também é uma necessidade urgente.

A luta teve como ponto de partida a construção do Campo de Refugiados 1º de Maio. As atividades de ambos os movimentos são divulgadas pelo perfil oficial no Instagram e o Cafezinho recomenda seus leitores a seguir, ajudar e acompanhar a luta e trajetória do Movimento do Povo.

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