O deputado federal e líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), disse que a situação do Rio de Janeiro é muito grave, que “não dá para assistir da varanda” e colocou seu nome a disposição para disputar o Governo do Estado.
“O Rio chegou no limite, eu também. Meu nome está, sim, colocado à disposição da disputa [ao governo]. Não quero ficar sendo eleito deputado federal de novo, mais 4 anos. Acho que a situação não dá para assistir da varanda. Não sou herói, não acredito nesse papel, mas tem muita gente boa fazendo coisa boa no Rio e precisamos reunir todas elas para dar uma chance ao estado”, disse em entrevista ao Datena.
Freixo também falou sobre a influência das milícias na política fluminense. Segundo ele, o crime organizado “está de olho nas eleições de 2022” e citou estudos recentes que apontam que mais da metade do território da cidade do Rio é, atualmente dominada pelas milícias.
“Ela [milícia] nasce dentro do Estado. A elite política corrupta do Rio, que sempre se utilizou da polícia para fazer política, gerou a milícia. O Rio é lugar onde eles não se separam mais. O comércio do gás, o transporte alternativo, o controle de internet, a regularização fundiária, tudo está na mão do crime (…). O Rio é lugar em que todos ex-governadores eleitos foram presos. Isso diz muito”, disse.
“Tem muita coisa em jogo em 2022 e o crime está de olho. No Rio de Janeiro isso é evidente. O crime tem projeto de poder e vai disputar. Por isso eu digo que a eleição no Rio é um debate da ordem. A ordem da lei ou a ordem do crime (…). E temos sinais de que esse projeto está se espalhando e pode chegar no Brasil inteiro. É bom deter agora”, ressaltou.
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