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Em plena crise, Banco Central eleva taxa de juros

No final da tarde desta quarta-feira, 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) de 3,5% saltando 4,25% ao ano. De acordo com a instituição, a decisão do aumento é para conter a pressão inflacionária. Já é a terceira vez seguida que o BC eleva a taxa. “O […]

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No final da tarde desta quarta-feira, 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) de 3,5% saltando 4,25% ao ano. De acordo com a instituição, a decisão do aumento é para conter a pressão inflacionária. Já é a terceira vez seguida que o BC eleva a taxa.

“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022”, disse em comunicado.

Boa parte dos analistas do mercado financeiro esperavam por esse aumento, eles previam justamente a elevação de 0,75 ponto percentual da Selic. Outros analistas chegaram a apostar que o aumento seria de um ponto, pulando para 4,5%.

Economistas dizem que a escalada na taxa de juros deve continuar em 2021 e que a expectativa é que a Selic feche 2021 em 6,25% ao ano. O Banco Central realizou uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Em maio, foi registrada a maior inflação dos últimos 25 anos. Ainda no comunicado sobre a decisão, o Copom argumentou que a pressão inflacionária está maior que o aguardado em especial aos bens industriais. Outro ponto abordado pelo BC é o risco de crise energética que pode manter a inflação elevada no curto prazo.

Votaram pela decisão de elevar a Selic os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio Kanczuk, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza. 

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Comentários

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Netho

17/06/2021 - 14h43

Celso Furtado definiu em 2003, um ano antes do seu falecimento, o que significavam a “autonomia e independência do BC” completamente alienadas da política econômica fixada pelo Ministério da Fazenda: “a privatização do Banco Central”.

Marcello

17/06/2021 - 11h59

Medida acertada. Tinha que aumentar mesmo. Não deveria nunca ter baixado ao ponto que baixou. O real não é o dollar, o Bacen não é o FED e o Brasil não é os EUA. Só mesmo com ajuste fiscal, o Estado brasileiro gastando menos do que arrecada, para podermos sonhar com menos juros de forma sustentável. Para o inferno todos os keynesianistas.

Valeriana

17/06/2021 - 11h22

Economia voltando a rodar.


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