O senador e relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), avaliou que o depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), gerou “um reencontro da comissão com a milícia”.
“Haja vista a presença do senador Flávio Bolsonaro na comissão, agredindo, falando mal da comissão e, desta vez, acompanhado por deputados federais que faziam o mesmo. Estavam lá, enquanto fazíamos as perguntas, fazendo postagens contra a CPI”, disse em entrevista coletiva.
Acompanhado dos deputados bolsonaristas Hélio Lopes (PSL-RS), Luiz Lima (PSL-RJ) e Otoni de Paula (PSC-RJ), Flávio compareceu a sessão e tumultuou a CPI. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), lembrou que é proibido a presença de deputados no colegiado e pediu para que os parlamentares se retirassem.
Após pedir para deixar a sessão pela metade, Witzel solicitou uma nova oitiva, desta vez “sob segredo de justiça”, ele estava protegido por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Kássio Nunes.
De acordo com Aziz, o pedido de marcação de um novo depoimento já foi protocolado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e deve ser votado nesta sexta-feira 18.