Após não punir Pazuello, Exército impõe 100 anos de sigilo para processo administrativo

Presidente Jair Bolsonaro durante a apresentação do Planao nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, no Palácio do Planalto. Sérgio Lima/Poder360 16.12.2020

Após o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, decidir não punir o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por participar de um ato político no Rio de Janeiro e receber uma honraria máxima das Forças Armadas por Jair Bolsonaro, a força também decidiu colocar 100 anos de sigilo sobre um processo administrativo contra o general da ativa.

Isso foi revelado após O Globo pedir respostas sobre o processo. Em resposta ao jornal, o Exército afirmou que a peça contra Pazuello contém informações pessoais e citou o dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que garante, nessas situações, o sigilo por 100 anos.

“A documentação solicitada é de acesso restrito aos agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que ela se referir”, afirmou o Serviço de Informação ao Cidadão do Exército.

Com isso, a instituição ignora os pontos firmados com a Controladoria Geral da União (CGU). A decisão do Exército ainda cabe recurso. Caso seja mantido a ordem de restrição de acesso existe a chance de interposição de apelação a CGU que possui inúmeros precedentes determinando a liberação da informação.

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