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Vídeo do “ministério paralelo” é a bala de prata

Diante do vídeo vazado do “ministério da saúde paralelo”, a criminalização de Jair Bolsonaro se tornou um imperativo ético, jurídico e político da sociedade brasileira. Felizmente, todas as pesquisas demonstram que o Brasil já formou uma maioria consciente de que Bolsonaro é um pervertido autoritário, incompetente e ignorante, sem condição nenhuma de ocupar o cargo […]

16 comentários
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Diante do vídeo vazado do “ministério da saúde paralelo”, a criminalização de Jair Bolsonaro se tornou um imperativo ético, jurídico e político da sociedade brasileira.

Felizmente, todas as pesquisas demonstram que o Brasil já formou uma maioria consciente de que Bolsonaro é um pervertido autoritário, incompetente e ignorante, sem condição nenhuma de ocupar o cargo atual.

Essa não é mais somente uma questão política, porém, mas criminal.  

A sequência de vídeos publicados nas últimas horas, sobretudo os vazados pelo jornalista Samuel Pancher, somados a compilações feitas por internautas, com falas de Bolsonaro e de seus assessores clandestinos ou oficiais, como Osmar Terra e Arthur Weitraub, não deixam dúvidas de que o presidente Jair Bolsonaro é um criminoso, um bandido, um assassino, e assim deve ser tratado por todos.

Agora temos uma prova documental de que existia um ministério paralelo da saúde cuja função era disseminar fake news sobre a Covid.

Além do vídeo de Pancher, as compilações divulgadas por contas como o @desmentindobozo nos ajudaram a montar a linha do tempo. 

Desde o início da pandemia, havia um ministro da saúde clandestino ao lado de Jair Bolsonaro. Era o deputado Osmar Terra, também conhecido como Osmar Terraplana, por causa de suas “previsões” completamente estapafúrdias sobre a pandemia, todas desmentidas cabalmente pela realidade. 

Ao invés de acreditar em seu próprio ministro da Saúde, Bolsonaro preferiu dar crédito a um charlatão. O bom senso, como lembra Descartes, é uma virtude democrática, e até mesmo pessoas sem caráter costumam possuí-la. Para desgraça do Brasil, temos um presidente que não tem caráter nem bom senso, e que buscou juntar seus iguais num “ministério paralelo”, que reuniu uma elite de médicos fracassados, terraplanistas e limítrofes, mas que, inacreditavelmente, serviram de guia ao presidente durante a crise sanitária mais dramática que vivemos e ainda estamos vivendo.

Um detalhe importante: o presidente não mudou nada. Ele ainda segue os conselhos do mesmo grupo. 

Esse ministério paralelo trabalhava claramente contra vacinas e em favor do tratamento precoce. Ponto. Esse é o crime que marca o governo Bolsonaro.

O resultado foram quase 500 mil brasileiros mortos, até agora. 

Bolsonaro precisa portanto ser criminalizado, em tribunais do Brasil e do exterior, por crimes contra a vida dos brasileiros e contra a humanidade.

A ignorância não é desculpa. Se eu pendurar meu cachorro da janela do quinto andar do prédio e soltá-lo, e ele morrer espatifado lá embaixo, seria absurdo justificar esse crime com um “eu não sabia que existia gravidade”.

Loucura igualmente não é desculpa, porque então todos os homicidas do país que estão presos ou em vias de sê-lo poderiam alegar loucura e permanecer em liberdade. Bolsonaro cometeu todos esses crimes com plena consciência do que estava fazendo.

Abaixo, três vídeos que marcam o fim de Bolsonaro.  Voltamos em seguida.

Os senadores responsáveis pela CPI da Pandemia retomarão os trabalhos a partir da próxima terça-feira sob um ambiente ainda aquecido com viralização desses vídeos nos últimos dias, especialmente o vídeo do “ministério paralelo”, um furo sensacional do jornalista Samuel Pancher (@samuelpancher) e do jornal Metropole.

Esse vídeo foi a pá de cal no governo Bolsonaro. O corpo ainda vai se estrebuchar mais um pouco. O presidente tentará mobilizar sua trupe, mas é inevitável que as informações relativas aos crimes de seu governo se disseminem com cada vez mais força de cima para baixo.

Bolsonaro não tem mais uma base popular coesa, nem no alto da pirâmide social, pois hoje sofre grande rejeição na classe média, nem embaixo, junto aos mais pobres,  decepcionados com a falta de empatia social do governo federal ao lidar com seus problemas mais urgentes, como a inflação dos alimentos e o preço do botijão de gás.

A essa altura, qualquer governo democrático decente do mundo teria iniciado uma grande campanha contra a fome, seja encontrando uma fórmula inteligente para baixar o custo da cesta básica, sem aumentar juros, porque não adianta combater a inflação e aumentar o desemprego, seja trabalhando em parceria com governadores e prefeitos na organização de centros de distribuição de comida. Mas Bolsonaro é um paranoico delirante, com mania de perseguição, e hoje é inimigo de quase todos os governadores e prefeitos. 

Bolsonaro poderá tentar medidas desesperadas para recuperar sua popularidade, como aumentar o Bolsa Família, o que é bem vindo. Isso pode trazer algum alívio aos mais pobres, e melhorar um pouco sua imagem nessas camadas, mas esse é um programa que não é associado ao nome Bolsonaro, e sim a seu principal adversário, que, ele sim, pode acabar levando o crédito pela “mudança” de Bolsonaro.

As lideranças políticas que não apostaram na CPI da Pandemia, por um preconceito udenista contra Renan Calheiros, ou pior, porque não conseguiram identificar como a CPI poderia lhes beneficiar pessoalmente, cometeram um erro grave. Alguns inclusive deram ouvidos a seu Rasputin particular e, nessa hora de grande entusiasmo com a possibilidade real de esmagarmos o negacionismo bolsonarista, se associaram a uma pauta obscurantista e retrógrada, o “voto impresso”.

A CPI da Pandemia já é a mais importante da história da nossa república, pela seriedade do tema, e pela oportunidade que oferece ao Brasil de entender, de uma vez por todas, a importância da ciência, da pesquisa, da tecnologia, como dimensões centrais para o desenvolvimento do país e a sobrevivência física da espécie humana. 

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Daniel

06/06/2021 - 12h45

Índia, China, Rússia, EUA e desde semana passada o Brásil são os únicos países que hoje produzem o tal de IFA. O acordo foi assinado com o governo Inglês poucos dias atrás pelo Presidente da República que não tem interesse por vacinas…

Outra narrativa que nasceu morta, abortada do jeito que a esquerda gosta.

Tania

06/06/2021 - 10h56

Não tem como defender..o INDEFENSÁVEL.

Tania

06/06/2021 - 10h55

Não como defender..o INDEFENSÁVEL.

dcruz

06/06/2021 - 07h44

Bala de prata, se eu não me engano, mata lobisomem, mas o bozo, essa criatura que vive do metabolismo de maldades, sei não.Está mais do que provado tudo de pior que aconteceu ao ex-Brasil, atual bananão/laranjal, deve-se a essa criatura, sabe-se lá de que inferno surgiu, e seus asseclas ( que, claro, foram inventados por ela). O resto é chover no molhado. O que assusta é que pelo menos 30% do núcleo duro, os assim chamados bovídeos, podem reelegê-la. 

Gilmar Tranquilão

05/06/2021 - 23h30

E o gado PIRA!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Willy

05/06/2021 - 21h46

O que Bolsonaro acha ou menos não fez diferença nenhuma, estados e prefeitos tomaram todas as medidas para o enfrentamento da pandemia, o governo só colocou dinheiro.

Se dependesse do Presidente da República ninguém teria ficado em casa um sequer dia inutilmente, coisa que não aconteceu em lugar nenhum do Brasil. Uma pesquisa de poucos dias atrás diz que 97% dos brasileiros usam máscaras regularmente conforme orientações e pela grande maioria respeitaram todas as medidas de distanciamento social.

O Brásil está comparando vacinas desde agosto 2020 e assim que a Anvisa começou a autorizar as mesmas após as farmacêuticas ter dado entrada no processo as vacinas começaram a ser aplicadas normalmente.

O resto é narrativa.

Pantaleão

05/06/2021 - 19h21

Opinião de médicos é “fake news”….?

Não é normal ouvir vozes diferentes sobre um tema ?

Qualquer pessoa que precisa tomar uma decisão escuta várias opiniões e tira suas próprias conclusões, só idiotas não fazem isso.

Ou temos que ouvir a opinião de Renan Calheiros e acreditar nele…? Kkkkkkk

Se ajeitem que tá ficando patético.

Anderson Maciel

05/06/2021 - 19h13

“A CPI da Pandemia já é a mais importante da história da nossa república”.

É pra rir né ?

    Daniel

    06/06/2021 - 12h47

    É lodavel a tentativa da Globo e da esquerda de dar importância a essa palhaçada de terceiro mundo comandada por Renan Calheiros…uma tristeza sem fim.

      Daniel

      06/06/2021 - 12h49

      “Louvavel”

Pony

05/06/2021 - 19h12

Tá mais para bala chita…..kkkkk

Ronei

05/06/2021 - 15h43

Renan do Rosário….kkkkkkkkkkk

Francisco

05/06/2021 - 14h54

Só restará ao degenerado, quando se perceber diante das inevitáveis condenações, recorrer às suas milícias particulares para se manter no poder. Considerando que ele ainda parece ter considerável apoio entre os militares, o risco é real.

Alexandre Neres

05/06/2021 - 14h31

Perfeito! Esse bando de inocente útil que apostou na nova política, composta por Bozos, Bretas, Moros e Alcolumbres, deu com os burros n’água. Sai da frente. Que agora a situação requer cachorro grande. Finalmente o capitão cloroquina foi pego com a boca na botija e está encurralado, distribuindo coices e estrebuchando. Que cavalgadura!

Tem gente que veio ao mundo e perdeu a viagem. É impressionante a capacidade de se enrolar em meio a tantas vicissitudes, metendo os pés pelas mãos direto e reto, com movimentos erráticos e disparatados. Parece um zagueiro que quando acossado começa a entregar a bola a torto e a direito. Já o bruxo perdeu a mão, não consegue calibrá-la para misturar os ingredientes e chegar a um bom termo. A poção perdeu o encanto.

Ugo

05/06/2021 - 14h18

Em agosto 2020, um mês antes dessa reunião foi assinada a primeira MP para a compra das vacinas da Astra Zeneca, 2 bilhões de reais.

Até hoje 105 milhões de doses distribuídas pelo governo.

Fim das narrativas.

Tony

05/06/2021 - 13h33

Bolsonaro já está reeleito e o resto é esperneio.


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