Tirem as crianças da sala.
É uma cena de horror, e que a CPI da Pandemia, seguramente, irá usar a partir da terça-feira que vem, quando os trabalhos recomeçarem.
Imagine um país vivendo o auge da pandemia.
O presidente da República já tinha desistido de combater a pandemia, a qual ele chamara no início de “gripezinha” e “resfriadinho”. Havia demitido todos os ministros da Saúde que tentaram impor uma visão autônoma, e agora parecia ter encontrado alguém disposto a lhe obedecer submissamente, o general Eduardo Pazuello.
O presidente não parava um dia de promover ataques aos governadores, sempre tentando explorar, em seu próprio benefício, esse terrível dilema provocado pelo vírus, entre fechar o comércio versus combater o contágio. Países sérios no mundo inteiro, do Ocidente ao Oriente, centralizaram decisões no governo federal, que tem poder de emitir moeda, e trataram o problema com profissionalismo: testagem em massa, ajuda governamental a pessoas e empresas, lockdowns planejados e, sobretudo, um grande investimento em pesquisa para se descobrir uma vacina.
Pronto, agora que o contexto está descrito, pode assistir ao vídeo.
🚨 Exclusivo! O Ministério Paralelo em ação. Vídeos comprovam aconselhamento feito por médicos a Bolsonaro em pleno Palácio do Planalto. Enquanto emails da Pfizer seguiam sem resposta, grupo levantava desconfiança sobre vacinas e tinha Osmar Terra como "padrinho".
🎥:@SamPancher pic.twitter.com/kxR5tNLlFp
— Metrópoles (@Metropoles) June 4, 2021
Agora, vamos a alguns contextos. Ao lado do presidente, vemos o deputado Osmar Terra, que sempre foi o “ministro da Saúde dos sonhos” de Bolsonaro, como inclusive fica provado nesse mesmo vídeo, pois o presidente chama Terra de seu “assessor”. Um participante da reunião diz que Terra é “nosso padrinho”. A sua posição de destaque ao lado de Bolsonaro é a prova de sua influência.
A reunião ocorreu no dia 8 de setembro de 2021.
Além de Osmar Terra, temos entre os presentes, imunologista Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanoto, além de médicos de diversas especialidades.
A fala de Zanoto é particularmente assombrosa, por lançar suspeitas sem pé nem cabeça sobre as vacinas.
Mas nada supera Bolsonaro, como de praxe. São do presidente as frases mais escatológicas, promovendo cloroquina e falando mal de vacinas, de maneira genérica, como se ele entendesse alguma coisa disso.
Fernando
04/06/2021 - 15h58
A reunião ocorreu no dia 8 de setembro de 2021.
Ano errado.
Edvaldo
04/06/2021 - 15h19
Só arruma a data da reunião,obviamente,setembro de 2021 nem sequer chegou.Otimo texto.
Alan C
04/06/2021 - 14h51
Essa malucada aí vai responder por genocídio em 2023 quando nõ terão mais o foro privilegiado.
Cana!!
Cuban
04/06/2021 - 14h49
O Felipe Neto escreveu esse texto ?
Galinzé
04/06/2021 - 14h30
Assim que as produtoras das vacinas deram entrada no processo e a ANVISA autorizou o uso das mesmas o Brasil começou a distribuir e aplicar.
Poucos dias atrás a Astra Zeneca transferiu a tecnologia para a produção do IFA para a Fiocruz, coisa que pouquíssimos Países fazem.
O resto são as narrativas de Renan Calheiros e afins.
drcuz
04/06/2021 - 14h24
Por que essa insistência obsessiva para o uso de cloroquina? O que pode se esconder atrás dessa insistência para além do senso vigente? Será que estão investigando esse outro aspecto sombrio?
Tony
04/06/2021 - 14h23
Qual seria a novidade…? Todo mundo já sabia dessas reuniões.
drcuz
04/06/2021 - 14h21
Tirando essa ignorância científica, por que essa insistência obsessiva para o uso de cloroquina? O que pode se esconder atrás dessa insistência para além do senso vigente? Será que estão investigando esse outro aspecto sombrio?