Desde maio de 2020 que o preço do botijão de gás, item essencial nos lares das famílias brasileiras, disparou cinco vezes mais que o índice de inflação no Brasil. Com o desemprego galopando, o custo desse produto se tornou um caos social.
No Maranhão, por exemplo, o governador Flávio Dino (PCdoB), criou uma política pública emergencial para o estado custear a aquisição do utensílio para as famílias de baixa renda através de um vale gás. Esse tipo de ação também está sendo implementada pelo governador Camilo Santana (PT) no Ceará desde 2020.
O aumento constante no preço do botijão vem acontecendo desde o segundo semestre de 2020. Porém, o auge foi em 2021. Entre janeiro a abril, o trabalhador teve que enfrentar um aumento de 11,45% e no acumulado de 12 meses, 17,25%. Os dados são do IPC-S, indicador de inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), utilizado para medir reajustes salariais e do aluguel. No mesmo período, a inflação subiu 3,5%, cinco vezes menos do que o gás de cozinha.
Quando o general Luna e Silva assumiu a presidência da Petrobras, Bolsonaro afirmou que faria um esforço para desacelerar o aumento no preço do gás. Sua última afirmação sobre o assunto foi no Mato Grosso no dia 14.
“Estamos trabalhando com o novo presidente da Petrobrás em como diminuir o preço do botijão na origem. Hoje está em R$ 42, dá para diminuir”, disse.
Contudo, desde que o militar assumiu o comando da estatal, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias da Petrobras praticamente não baixou. O último reajuste aconteceu no dia 2 de abril, o quarto em 2021, ainda sob a presidência de Roberto Castello Branco.
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