Em seu depoimento na CPI, Luana Araújo diz que buscou “autonomia, não insubordinação”

No seu depoimento a CPI nesta quarta-feira, 2, a médica infectologista Luana Araújo disse que é “intolerável” o cenário de mais de 460 mil mortes pela Covid-19 no Brasil.

Ela chegou a ser convidada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para assumir a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 na pasta. Mas ela deixou a equipe dez dias depois e sua nomeação não chegou a ser oficializada.

Luana disse no colegiado que só aceitaria o convite se Queiroga garantisse a autonomia e se fosse respeitada os posicionamentos científicos e técnicos.

“Pleiteei autonomia, não insubordinação ou anarquia. Precisaria ter autonomia necessária para agir, no que fui prontamente respondida pelo ministro de forma afirmativa e concreta”, disse.

“Pelos nossos erros perdemos a confiança do povo. Ciência não tem lado, é bem ou mal feita. É ferramenta de produção de conhecimento pra servir a população. Essa distância ou oposição entre populações e ciência não existe. Ciência deve ser protegida. Vivência de crise sanitária complexa e gigantesca exige resposta multifatorial”, completou.

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