Na manhã desta quarta-feira, 2, a Polícia Federal cumpre 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em Manaus (AM) e Porto Alegre (RS). Entre os alvos da busca está a residência do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), aliado de Jair Bolsonaro.
Também se encontra na mira da PF o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêllo. Contra ele, há um mandado de prisão e até o momento não foi encontrado e é considerado foragido pela polícia. A casa dele também é um dos locais alvo do mandado de busca.
Além de Campêllo, o empresário Nilton Consta Lins Júnior, proprietário do Hospital que leva o seu nome, também é alvo de um mandado de prisão. Sua residência e o hospital também estão sendo investigados.
No momento da operação, os agentes da Polícia Federal foram recebidos com tiros na residência do executivo. Até o momento, não há informações sobre sua prisão.
Os investigadores suspeitam de fraudes em contratos assinados em janeiro deste ano. A pasta da Saúde no Amazonas também é suspeita de ter fechado contratações fraudulentas para favorecer empresários locais. As contratações seriam orientadas pelo executivo amazonense.
De acordo com a PF, também está acontecendo uma investigação para apurar irregularidades na construção do hospital de Campanha Nilton Lins durante a pandemia em Manaus.
Denominada como Operação Sangria, o inquérito investiga o desvio de recursos destinados para o combate à covid-19 no Amazonas. Se a PF conseguir as provas, os alvos das buscas de hoje podem cumprir até 24 anos de prisão.
Os mandados de busca, apreensão e prisão foram expedidos após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). O tribunal também autorizou a quebra dos sigilo bancário, fiscal e telefônico de Lima e do secretário de Saúde.