No seu depoimento na CPI da Pandemia, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que as tratativas com o Governo Bolsonaro para compra da vacina Coronavac foram paradas em 20 de outubro de 2020.
A afirmação foi em respeito a declaração de Jair Bolsonaro de que não iria adquirir o imunizante. Além disso, a versão de Covas contradiz a do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que disse no colegiado que a declaração de Bolsonaro não havia interferido na negociação.
“Acreditem, nunca o presidente da República mandou desfazer qualquer contrato, qualquer acordo com o Butantan, em nenhuma vez. A posição de agente político dele ali não interferiu em nada do que nós estávamos falando com o Butantan”, afirmou Pazuello.
O diretor do Butantan também revelou na CPI que ele e Pazuello realizaram três reuniões presenciais em outubro.
“No mês de outubro, fui três vezes ao Ministério da Saúde. A partir do dia 20 de outubro, essas tratativas simplesmente pararam”, disse. Mas no dia seguinte, Bolsonaro mandou cancelar um protocolo de intenção de compras de 46 milhões de doses da Coronavac.
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