Nesta quinta-feira, 27, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse em seu depoimento na CPI da Pandemia que houve “percalços” impostos pelo Governo Bolsonaro para aquisição das primeiras doses da vacina CoronaVac da farmacêutica chinesa SinoVac ainda em outubro do ano passado. Covas também falou na demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na aprovação do uso emergencial de vacinas.
“O mundo começou a vacinar no dia 8 de dezembro. No final de dezembro, o mundo tinha aplicado mais de 4 milhões de doses, e tínhamos no Butantan 5,5 milhões, e mais 4 milhões em processamento. Sem contrato com o ministério. Nos podíamos ter começando antes? O Brasil poderia ter sido o primeiro pais do mundo a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços, tanto contratuais como de regulamentação”, revelou.
O diretor também ressaltou que o Butantan poderia ter entregue 100 milhões da Coronavac para o Ministério da Saúde ainda neste mês de maio. Mas pela demora na assinatura do contrato, o prazo teve que ser adiado para setembro.
Os ataques contra a CoronaVac nas redes sociais pelo presidente da República também foram um percalço para a obtenção de voluntários para testes nos estágios iniciais do desenvolvimento da vacina.
“Em outubro, tivemos dificuldade com o estudo clinico, a velocidade de entrada e voluntários, porque nesse momento havia um ambiente conturbado, um combate mto exacerbado a essa vacina nas redes sociais. Inclusive há um estudo que mostra o efeito dessa discussão midiática em cima do desenvolvimento da vacina”, lembrou.
Assista a CPI na íntegra!
Ronei
27/05/2021 - 13h12
Como o Brasil poderia ter começado a vacinaçào antes de quem desenvolveu a vacina em casa sò ele mesmo sabe…soa de propaganda para o instituto essa afirmaçào.
Em todos os Paises ouve discussao sobre essas vacinas e ainda hà até hoje, na Europa teve até boicote da tal de Astra Zeneca.
Democracia é isso, poder discutir tudo e depois decidir.