IFI mantém previsão de 3% de crescimento do Brasil em 2021

O Instituto Fiscal Independente (IFI) ligado ao Senado Federal divulgou nesta terça-feira, 18, o seu relatório mensal com perspectiva de crescimento de 4,1% no cenário otimista e de 2,1% no cenário pessimista para 2021. Mas apesar desse cenário, o IFI mantém sua previsão de 3% de crescimento neste ano.

Fonte: IFI/Banco Central

Entre os países emergentes, o Brasil é o que pode registrar menor índice de crescimento em 2021. Alvo de ataques de Jair Bolsonaro, a China registrar o maior percentual na previsibilidade de crescimento com 8,4% para este ano.

“As incertezas quanto à evolução da pandemia e ao avanço no ritmo de vacinação necessário para imunizar a população contra a Covid-19 e reabrir economia de maneira segura, de toda forma, adicionam ainda muitas dúvidas ao comportamento prospectivo da atividade econômica”, alerta o IFI.

“A recente tendência de desaceleração da segunda onda de contágio (Gráfico 2) pode não se sustentar com o novo relaxamento das medidas de distanciamento e a lentidão no processo em curso de imunização”, completa.

Fonte: IFI
Fonte: IFI

Já sobre o ritmo da vacinação, a quantidade estimada de brasileiros que receberam a primeira dose de uma das vacinas disponíveis no mercado (Coronavac, Oxford/AstraZeneca e a Pfizer/BioNTech) é de 38,3 milhões, 18% da população. Sobre as pessoas que estão imunizadas e que receberam a segunda dose, o número é de 19 milhões.

Fonte: IFI

Com esse cenário de incerteza, a curva de risco dos juros continuam elevados. Nesse ponto, o cálculo elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) foram feitos baseadas nas operações secundárias de títulos públicos.

De acordo com o relatório, a remuneração de um título público com prazo de 12 meses no final de janeiro estava em 3,5%, saltou para 4,2% no final de fevereiro e subiu novamente para estonteantes 5,4% no final de abril.

A consolidação de um cenário de incertezas no Brasil devido à evolução da pandemia e à fragilidade das contas públicas deve manter elevado o risco na parte mais longa da curva.

Entre janeiro e meados de maio e abril, a curva de juros subiu dois pontos. “Em termos práticos, esse movimento indica o encarecimento de empréstimos, com prováveis efeitos negativos sobre os investimentos, nível de emprego e rendimentos”, completa.

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