O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, autorizou que a Polícia Federal busque provas contra o próprio colega, o também magistrado Dias Toffoli.
De acordo com a Folha, a decisão foi tomada baseada em dados de duas operações ligadas a extinta Operação Lava Jato do Rio que foram utilizados em uma investigação preliminar da PF que teve como consequência o pedido de inquérito contra Toffoli.
Conhecido por ter tomado decisões que favoreceram a Lava Jato, Fachin acabou aceitando a alegação da PF de que o acordo de colaboração do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), possui cláusula que prevê o uso de informações coletadas nas operações Calicute que teve como “auge” a prisão de Cabral em 2016.
Também está contemplada a Operação Boca de Lobo que prendeu o também ex-governador, Luiz Fernando Pezão, em 2018.
Em resumo, as informações serviram para elaborar o relatório em que a PF afirma que é necessário investigar suposto crime de corrupção de Toffoli em suposto esquema de venda de decisões judiciais.
Paulo
17/05/2021 - 20h17
Parabéns ao Fachin! Abriu uma fenda permanente no relacionamento entre os Ministros mas cumpriu com dignidade plena a função de magistrado. Às favas o corporativismo que tanto envergonha essa Instituição! Resta saber se Bolsonaro vai intervir na PF para salvar a cara de Toffoli…