Por Rodrigo Perez, professor de História na UFBA
A pesquisa Datafolha para a corrida presidencial de 2022 publicada em 12 de maio aumentou ainda mais a euforia do campo político progressista brasileiro. O estado de espírito ja era de grande animação e esperança desde 08 de março, quando o STF devolveu os direitos políticos ao ex-presidente Lula.
A euforia tem toda razão de existir, pois os números apresentados pela pesquisa são, de fato, impressionantes. Pesquisas anteriores, realizadas por institutos menos prestigiados e com medotologias algo questionáveis, já indicavam o enfraquecimento de Jair Bolsonaro na mesma proporção do fortalecimento de Lula.
Se havia dúvidas, elas não mais existem. O Datafolha é o mais importante instituto de pesquisa de opinião pública em atividade no Brasil. A pesquisa publicada pela Folha de São Paulo é padrão ouro, atende a todos os critérios nacionais e internacionais de qualidade.
O retrato do momento é esse mesmo: Lula lidera com folga, estando bem próximo da vitória ainda no primeiro turno. No segundo turno, derrota Bolsonaro com facilidade.
Publicação de pesquisa, em si, é ato político relevante. Pesquisa eleitoral interfere na disputa, pois tem capacidade de criar tendências. Pesquisa eleitoral bem feita, ao mesmo tempo, retrata e induz a realidade.
Lula tem horizonte de vitória e isso ajuda a pavimentar o caminho da própria vitória ao elevar o cotação do ex-presidente no mercado eleitoral, ajudando no convencimento de futuros aliados. Política é rio que corre pro mar. É importante subir antes no barco do vitorioso. Garante prioridade na divisão do espólio do poder. Fico aqui imaginando como deve estar agitado o telefone de Luiz Inácio. Elogios, promessas de lealdade, declarações de amor.
O exato oposto acontece com Jair Bolsonaro. Nunca vi ninguém entrar na cova junto com o defunto. No máximo fica chorando na beiradinha. Depois, vida que segue. O derretimento da força eleitoral do Bolsonaro impacta, inclusive, no prosseguimento de seu governo. Um presidente enfraquecido no tribunal da opinião pública é mais fácil de ser derrubado.
Arthur Lira continuará sentado nos pedidos de impeachment mesmo com a certeza de que Bolsonaro é um espantalho eleitoral?
Talvez estejamos assistindo a maior reviravolta da história política brasileira. De condenado pela justiça e pintado pela imprensa hegemônica como o maior corrupto do país, Lula se tornou o favorito para ser o próximo Presidente da República.
Mas é prudente conter a euforia. É esse meu esforço aqui. Gato escaldado tem medo de água fria, como diria o outro.
O que pode dar errado? O que poderia impedir a vitória que, hoje, parece favas contadas?
Por partes:
1) Lula ser novamente condenado e, a exemplo de 2018, ser retirado das eleições.
Me parece pouquíssimo provável, e por um motivo muito simples: as forças do establishment institucional da República entenderam que não é possível conter Jair Bolsonaro.
Ao endossar os desmandos da Lava Jato, o poder, especialmente aquela fração comandada pelo judiciário, achou que dava pra fazer de Bolsonaro um Presidente de direita normal, como Piñera no Chile, ou como Macri na Argentina. Perceberam que erraram. Bolsonaro é movido por um afeto politico revolucionário. Nunca vai governar por dentro da ordem. Sempre vai tentar implodir a ordem.
Lula é o contrário, é conservador no sentido pleno da palavra: aquele que conserva instituições, que consegue mantê-las em equilíbrio, no melhor de seu funcionamento. Lula foi o melhor gestor que o capitalismo periférico brasileiro já teve.
Distensionou as relações, distribuiu renda no limites previstos pelo capital, não buliu nas estruturas e nem atrapalhou os negócios. Todos ganharam dentro de suas expectativas: o pobre comprou geladeira nova e passou a comer carne três vezes por semana. Os ricos ficaram ainda mais ricos.
Parte do establishment já entendeu que Lula é a solução. Moderado, respeitador dos ritos, conhece a máquina, previsível. Lula é o conciliador que o sistema precisa pra sobreviver. Portanto, acho muito dificil, muito mesmo, que ele não esteja na urna em 2022. Se algo tiver que dá errado, acredito que não será aqui.
2) A situação do país melhorar no curto prazo.
Pode parecer obviedade dizer que as eleições serão apenas no ano que vem. É importante dizer essa obviedade. Muita coisa pode mudar em poucos meses, como por exemplo, o humor do eleitorado. Hoje, Bolsonaro vive o pior dos mundos: a combinação do trauma da pandemia com a crise econômica, o que gera situação de intenso mal-estar social, tornando ainda mais doce a memória dos tempos dos governos de Lula.
A situação está tão ruim, mas tão ruim, que qualquer sensação de melhora já poderia significar mudança no humor da população. Ao que tudo indica, a imunização contra a covid-19 será acelerada no segundo semestre. O ministério da saúde garante que a população vacinável estará imunizada até o final do ano, o que nos garantiria um verão mais feliz, com praia, festa, quem sabe até carnaval.
O trauma da pandemia sobreviveria à felicidade do verão? Pro bem e pro mal, a população brasileira costuma ser bastante resiliente com os traumas coletivos. Esquece rápido e continua vivendo, lidando com outros traumas, todos os dias. É certo que a pandemia da covid-19 é o maior trauma de todos, mas não estou seguro de que essa memória resistiria a um verão feliz.
A simples retomada das atividades, em ambiente de maior segurança sanitária, já significaria alguma melhora na economia, o que, é claro, beneficiaria Bolsonaro.
Seria o bastante para reverter o grande derretimento identificado pela pesquisa do Datafolha?
3) A sobrevivência da energia disruptiva que vem pautando o debate político brasileiro desde 2013.
Ali, no calor do momento, a vitória de Jair Bolsonaro pareceu grande surpresa, raio a rasgar repentinamente céu azul. Com algum distanciamento, é possível identificar a forma das nuvens. O desfecho das eleições de 2018 foi coerente com a conjuntura de médio prazo da política brasileira. A tempestade já estava formada.
As aclamadas “jornadas de junho de 2013” abriram horizonte de críticas, de esquerda e de direita, ao sistema político instituído em 1988. O regime de poder que durante anos chamamos de “Nova República” foi transformado em antigo regime, e não faltaram aspirantes a revolucionários para tentar jogar pá de cal no sistema e fundar a nova ordem.
A primeira que tentou foi Marina Silva, nas eleições de 2014. Falando em “nova poítica”, Marina quase tirou Aécio Neves do segundo turno, o que fatalmente a levaria ao Palácio do Planalto. É dificil imaginar os eleitores tucanos votando em Dilma Rousseff. O próprio desempenho eleitoral do então deputado federal Jair Bolsonaro indicava que algo de estranho estava acontecendo. Bolsonaro foi reeleito ao parlamento em 2014, anotando crescimento de quase 400% em comparação aos votos conquistados em 2010.
A partir de então, a retórica antissistemica, fundada na ideia de “Nova política” e na certeza de que o regime estava corrompido estruturalmente pelos mal feitos da classe política passou a pautar as eleições. O PT, identificado como o “partido da ordem”, arcou com a maior parte do desgaste.
As eleições municipais de 2016 e as presidenciais de 2018 marcaram a ascensão de outsiders, de políticos neófitos ou de lideranças até então alijadas da “alta política”, com é o caso do próprio Bolsonaro.
As eleições municipais de 2020 sinalizaram que a sociedade pode estar cansando da agenda da destruição. Nas mais importantes capitais do país, o eleitorado optou por candidatos já conhecidos, consagrados como “bons gestores”. É certo que o esfriamento da energia disrutptiva não significou o fortalecimento do PT, que continuou sendo o partido mais derrotado.
O ciclo disruptivo chegou ao fim?
4) Bolsonaro continuar conseguindo convencer o eleitorado de que é um outsider, um perseguido pelo sistema.
Ao longo desses dois anos e meio de mandato, Jair Bolsonaro inventou a figura do “presidente outsider”. Mesmo estando no topo do poder, o Presidente age como se estivesse excluído das principais instâncias decisórias. É o famoso “não estão me deixando governar”.
No limite, o discurso tem potencial para explicar todos os insucessos do governo, terceirizando responsabilidades para os poderes legislativo e judiciário, para o “sistema”. O Presidente, encarnando diretamente os desejos populares, estaria fora, out, desse sistema.
Até aqui, esse discurso teve força suficiente para garantir a Bolsonaro o apoio de 1/3 da população, o que não deixa de ser algo impressionante, tendo em vista a total catástrofe que é esse governo.
Em 2022, Bolsonaro somente terá esse discurso pra apresentar. Continuará no plano das promessas, da utopia. Mas já terá sobre os ombros quatro anos de governo. É possível se reeleger apenas na base da promessa, da utopia?
“Tentei governar e eles, os corruptos, não deixaram. A culpa é deles”.
Será o bastante pra conseguir pelo menos 50% + 1 dos votos válidos?
Fato mesmo é que Lula assumiu, sem nenhum constrangimento, o papel de representate do sistema, de “conservador do antigo regime”. Ao posar em fotos ao lado de Eunício de Oliveira, de José Sarney e de outros aristocratas da velha ordem, Lula aposta que o momento de exceção acabou, que em 2022 a disputa eleitoral voltará a ser feita seguindo a mesma lógica de antes de 2014. Nessa lógica, Lula é imbatível.
Se a aposta do ex-Presidente estiver errada, ele está levando a discussão exatamente para onde Bolsonaro se sente mais confortável: a dicotomia estabelecido X outsider, velho X novo.
A pesquisa do Datafolha indica que Lula está certo. Mas a eleição não é hoje. Importante lembrar a obviedade.
4) A intervenção militar direta no processo político.
Por um lado, é certo que a crise da democracia liberal não é realidade apenas brasileira. Por outro, em nenhum lugar do mundo, a crise chegou tão longe.
Tomando como parâmetro a situação dos EUA, por exemplo.
Até agora, Biden está conseguindo reconstruir o sistema abalado por Donald Trump. A invasão do capitólio no começo de janeiro foi ato de desespero, levado a cabo por lunáticos sem nenhum apoio militar. Basta lembrar de Mark Milley, chefe do Estado Maior dos EUA, pedindo desculpas em junho de 2020 pelo simples fato de ter se deixado fotografar ao lado de Trump na ocaisão de uma manifestação política do então presidente.
A crise democrática norte-americana não foi militarizada.
No Brasil, a situação é completamente diferente. As três forças armadas, em especial o exército, estão até o pescoço atoladas na lama do governo de Jair Bolsonaro. São 92 representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em cargos de comando de emprensas estatais, incluindo a Petrobrás. Mais de 6.000 militares em cargos de segundo e terceiro escalões.
Como faz pra desmilitarizar? Pra convencer esses homens a voltarem para os quatéis, a largagem a fatia de poder que conquistaram, e emagrecer seus contra-cheques?
A versão brasileira da invasão do capitólio teria desdobramentos muito mais graves. A militarização da crise não é detalhe menor. As eleições não acontecerão sob atmosfera de normalidade democrática.
Lula é favorito. Lidera com folga as pesquisas. Se nada der errado, subirá a rampa do planalto em janeiro de 2023, pela terceira vez.
Se nada der errado…
A sensação que tenho é que, no Brasil, tudo pode dar errado, de uma hora pra outra. E só muito tempo depois a gente entende o que aconteceu. As nuvens só ganham forma quando olhamos de longe.
Walter
15/05/2021 - 09h02
Barbas de molho!
Essa pesquisa, extemporânea, desse instituto ligado à Globo é uma armadilha para Lula e uma semente para um candidato terceira via (tão sonhada por muitos ainda), não tenhamos dúvidas entre Lula e Bolsonaro, a Globo fica com Bolsonaro, aliás até Biden já ficou com ele, no escurinho do cinema, é claro.
EdsonLuiz.
14/05/2021 - 19h40
Apaixonaaaado, o professor!
Professor, as coisas na política e na economia no Brasil, RECOMEÇARAM a dar errado já a partir de 2008.
Os acontecimentos veementes do ano de 2013, uma mobilização mista de Ultra-Esquerda e ultra-direita, apenas fotografava para a HISTÓRIA o drama brasileiro de sempre, redivivo, sendo retomado. As dimensões que ganharam aquelas manifestações não seriam possíveis se as coisas ali já não estivessem tão mal.
O intervalo entre os anos 1993 a 2008, de algum progresso, uma tentativa de reconstrução, limitado e tímido como toda tentativa cautelosa, sábia e não aventureira, começou a ser desmantelado em 2006 e foi se acelerando a partir de 2008. Em 2013 já estava tão claro o tamanho do que seria o desastre que uma sociedade como a brasileira, quase sempre muito inerte para reagir aos nossos antigos populismos e patrimonialismos, por vários meses se sublevou. Como nos anos anteriores as lideranças políticas mais serenas tinham sido enfraquecidas por ataques constantes de ódio, taxadas levianamente de corruptas pelo PT, e atacadas tanto institucionalmente quanto de forma fulanizada, como o ódio sempre faz, não conseguiram um mínimo de atuação naquele momento. O desagradável amadurecimento político, econômico e social do que foi feito do Brasil de 2008 até agora caberá à História registrar com grande pesar.
O prosseguimento de nossa história, neste momento, corre no fio da navalha: continuarão a iludir os brasileiros mais pobres com promessas e políticas populistas, implementadas por conluios entre bolsonaros, Ônix, machadinhas, caixas 2, autoritarismos, Liras, Pachecos, Lulas, empresas corruptoras, Inocêncios, corrupções, Temers (de vice?), Sarneis? Ou essa insanidade será interrompida em nome de alguma seriedade e compromisso com o progresso material e civilizacional verdadeiros, reconstruindo no Brasil forças políticas novas e saudáveis, que têm sido impedidas pelas antipolítica reinantes que sempre são os populismos, que no Brasil são de corte corrupto, e produzir crescimento de fato, inclusão de fato e exercício político saudável de fato.
Olho para o passado antigo e recente e me desanimo, olho para o presente e me desespero, olho para o horizonte e só vejo sombras. Mas preciso acreditar. Para continuar respirando me apego ao Ciro, à Marina, ao Roberto Freire e seu Partido Cidadania, ao PV, às lideranças renovadas no PSB e PDT, ao amadurecimento institucional do PCdo B e a seus qualificados operadores políticos, ao Partido Novo, a um ou outro ator político saudável nas agremiações políticas avulsas brasileiras e ao PSOL, querendo muito acreditar e acreditando que não é possível que o PSOL se torne mais um partido populista se dizendo de esquerda e progressista. Ser progressista começa por reafirmar sempre a democracia, a imprensa livre, a não instrumentalização das salas de aula, onde se deve discutir política, não fazer doutrinação, e, principalmente, ser progressista é saber enxergar o progressismo nas forças de que se discorda, quando nelas houver progressismo, e enxergar o antiprogressismo nas nossas próprias forças, quando nas nossas forças houver antiprogressismo. É preciso, na definição de progressismo, ficar muito claro que o progressismo é uma invenção liberal e iluminista, e não há liberalismo sem haver progressismo, assim como não é progressista aquele que não houver assimilado os valores progressistas do liberalismo, mesmo quando ele for conservador ou marxista. E, muito importante, progressista não apóia ditaduras, nem de direita nem de esquerda; progressista as combate. E progressismo combate sempre os populismos, de quaisquer sabores e onde houver populismo houver.
Precisamos acreditar que é possível ultrapassar a nossa condenável história política de populismos, corrupção, autoritarismo e fisiologismo e inaugurar uma era de política saudável e verdadeiramente progressista no Brasil. Caso continuemos apostando no atraso e em populismos autoritários os bons historiadores, controlando suas paixões e assumindo a necessária honestidade dos bons historiadores, terão que contar a mesma história condenável desse nosso país. E ilustrarão o horror com o que foi construído a partir de 2008 e que deu em bolsonaro.
Para termos chance, temos que acreditar e agir, denunciando as imposturas políticas mesmo quando os impostores usam seus fanatizados para nos constranger com assédios truculentos.
Neste momento, a opção que vejo é Ciro Gomes, agora mais do que antes.
Alexandre Neres
15/05/2021 - 01h31
Que satisfação! Como é bom poder reler o professor e suas platitudes. Vê-se que superou o luto. Pobre Sergio Morto! Será que ele caberia nesse grupo alvissareiro que o senhor está querendo aglutinar? Múmia é o que não falta, vide o quinta-coluna-mor, Roberto Freire. Daqui a pouco vai estar que nem o Paulo, chamando os bolsominions à reflexão para aderir ao “centro imaginário” e combater a legião petista. A que mais uma vez fora dizimada e proscrita nas eleições municipais de 2020.
Professor, vossa senhoria que gosta de defender a livre imprensa no país e estufa o peito para defender jornalistas do quilate de Míriam Leitão e seus pimpolhos (será que é bairrismo?), Vera Magalhães, Pedro Bial e caterva, poderia me explicar o seguinte: anteontem o Jornal Nacional nem sequer mencionou a pesquisa presidencial do Datafolha. Ontem abordou a popularidade ladeira abaixo do Bolsonaro, captada na mesma pesquisa. Hoje continuou explorando os dados da famigerada pesquisa do Datafolha, tratando da aprovação do presidente, dos governadores, dos prefeitos, do ministro da saúde, especialmente do Mandetta, relativamente à atuação na pandemia. Pergunto: isso é jornalismo? Esconder o Lulinha debaixo do tapete, como se o bozoloide tivesse caído a troco de nada, vai ajudar a forjar uma terceira via? Os fins justificam os meios?
Abraço e meus sentimentos, sei o quanto o senhor apreciava o russo. Pelo menos conforte-se com o fato de que ele está sendo bem tratado. Está nos States, tratado a pão-de-ló pelos serviços prestados. E vacinado! Isso mostra sua estatura de homem público. Quén!
EdsonLUIZ.
17/05/2021 - 18h06
Cara doente. Você não sabe sequer o porquê de cientistas políticos se referirem a ´centro imaginário´.
A imagem `centro imaginário`é apropriação da geometria mesmo. O espectro ideológico, por uma questão didática, é ilustrado por um arco aberto, com os extremos se aproximando.
A parte central desse arco é ocupada por duas forças, a centro esquerda e a centro direita. Não existe nenhuma força no exato centro, pois o diagrama de uma força, sua `borra´ no arco do espectro, ultrapassa o ponto central do arco e forma interseção com o diagrama da outra força. Uma força pura de centro CENTRO não existe. é por isso que, às vezes, faz-se mencão ao `centro imaginário´, por não existir concretamente uma força entre a centro- esquerda e a centro-direita.
E isso definido por matrizes de ideias.
Bem, não é o seu forte.
Seu forte é agredir para desqualificar.
Isso é o PT: UM VAZIO TENTANDO DESQUALIFICAR TUDO PARA OCUPAR E DESTRUIR.
vÁRIAS VEZES EU TENTEI, SUTILMENTE, MOSTRAR PARA VOCÊ O QUE ERA ISSO. SE DESENHASSE IA PEGAR MAL. VOCÊ, MAIS UMA VEZ, ME OBRIGOU. .
Walfredo Ferreira da Silva
15/05/2021 - 18h51
Amigo , Ciro Gomes se perdeu no tempo com seu discurso . A ida á Paris em um
momento díficil do Brasil , pegou muito mal .Em 2022, ele vai ter menos votos do
que em 2018 , vide pesquisas recentes .
Jacob Binsztok
14/05/2021 - 18h02
A análise é sensata e requer uma reflexão, principalmente quando se refere ao fato de estarmos vivenciando uma crise militarizada e aí eu concordo e complemento,,,,,,,,,,, de desfecho imprevisível.
Lincoln
14/05/2021 - 15h25
Na institucinalidade é Lula lá certeiro.
Dos motivos apresentados o fator militar é sim, o que pode intervir, o problema é o dia seguinte. Como justificar ?
Faltou citar as milícias e até onde estes marginais sentiriam a perder com outro governo.
Paulo
14/05/2021 - 12h47
Moro seria “o cara”, naturalmente, mas ele já deu mostras de que não quer jogar esse jogo, até porque é odiado por parte da classe política com a qual as “zelites” se aprumam, incluindo o Centrão, que está lá, desde sempre, para servir e se servir. E até nas Cortes superiores Moro encontra resistência, especialmente no STF…
Walfredo Ferreira da Silva
15/05/2021 - 18h55
MORO ? Por acaso você chegou do planeta Marte hoje , e não estava à
acompanhar os acontecimentos ? MORO já está morando(FUGIU) no país que junto
com ele , destruiu a indústria brasileira , os EUA .
Paulo
14/05/2021 - 12h44
Tem coisas acontecendo no submundo político e até judicial. Eu não descartaria que, na hipótese de Bolsonaro derreter, o alto mundo dos negócios lime o Capetão – seja através de impeachment ou de interdição, como já se diz à boca miúda – e traga um outro nome – do Sistema ou de fora dele – para sobrepujar Lula no 2º turno, o que, para mim, seria relativamente simples…O problema é “quem”?
Gustavo
14/05/2021 - 11h57
Ao meu ver, o chamado ciclo disruptivo não chegou ao fim. Em parte porque ele tem como um componente o desejo saudável (embora exercitado de maneira torta) por alternância de poder, algo esperado nas democracias. Outro componente é o antipetismo, que tem por base a decepção com a tragédia econômica vivenciada no governo Dilma e os escândalos de corrupção ocorridos nas administrações do PT, ambos amplificados por narrativas sensacionalistas da mídia (e mais recentemente pelas fake news) culminando em perseguições judiciais injustas. O antipetismo pode ter se enfraquecido mas não morreu. Porção considerável e influente da população considera Lula culpado, independentemente dos crimes que se provem ter sido cometidos por Moro e pela Lava Jato. A eleição de Lula, pelo menos em um primeiro momento, acirraria essa animosidade existente na sociedade. Dependeria do andamento de seu novo governo determinar se ela crescerá ou diminuirá. A hipotética eleição de Lula não marcaria o fim do ciclo disruptivo, apenas seria um sinal de que se tornou latente. O petista teria que fazer não apenas um governo bom, mas sim um governo impecável. Qualquer suspeita de corrupção (e talvez até mesmo um desempenho econômico abaixo do esperado) seria suficiente para despertar o ciclo disruptivo e fomentar o surgimento de um Bolsonaro 2.0. Se nada der errado em 2022, pode ser que dê muito errado em 2026.
Francisco*
15/05/2021 - 19h39
Divertido, ao seu ver, o chamado ‘ciclo disruptivo’ não ter chegado ao fim, em país que há 521 anos o poder é exercido por donatários hereditários, primeiro como colônia, depois império e finalmente república colonial, sustentado na exitosa receita de patrimonialismo de estado de poucos com a desigualdade de muitos, tendo apenas nessa exótica proclamada república colonial de 132 anos, alguns hiatos de alternância de poder tentadas e prontamente combatidas e derrubadas por golpes, ministrados a partir da velhaca cantilena da corrupção, bandidamente brandida pelos mais corruptos, à moda da manjada malandragem do ‘pega ladrão’, para não perderem o poder e a sustentação bufunfeira garantida pela centenária receita, Casa Grande e Senzala.
Que raio de ‘ciclo disruptivo’ é esse, se em pleno século XXI acabamos de testemunhar o golpe de 2016, que acabou com mais uma das raras tentativa de alternância democrática do poder ou seja, de disrupção do secular poder donatário da classe dominante, para que pudessem, à falta de votos, retomarem o poder á força, para impedirem que a receita Casa Grande e Senzala que os sustenta, corresse riscos de extinção com eles fora do poder por mais de uma década, fato inédito e ‘perigoso’, até então.
Que antipetismo é esse “que tem por base a decepção com a tragédia econômica vivenciada no governo Dilma e os escândalos de corrupção ocorridos nas administrações do PT”, quando fatos mostram que desde a fundação do PT, em 1980, as forças que o combatem como inimigo variam em torno de 30% do eleitorado brasileiro e ‘que a tragédia econômica vivenciada no governo Dilma’ não passava de uma crise econômica perfeitamente solucionável com medidas adequadas que poderiam ser implementadas, caso não houvesse um golpe a caminho, consubstanciado nas chamadas ‘pautas bombas’ e ‘operação lavajateira’, destinadas a destruir e criminalizar o PT e líderes, sobretudo Lula, e que, pelo descontrole na dose aplicada para apressar o golpe, fizeram o Brasil desembocar na maior crise econômica da era republicana colonial, atolando-o no brejo onde hoje se encontra, seis anos após o inicio das operações para o golpe, sem esquecer a manjada farsa da corrupção lavajateira, outras vezes antes utilizada para interromper com golpes os hiatos de alternância do poder em nossa história.
A eleição de Lula, reacenderá no Brasil o farol da esperança, da soberania, do desenvolvimento, do esforço na redução da desigualdade escandalosa e burra, isolando a mediocridade desperta e tangendo-a de volta a tumba do silêncio obsequioso, garantido pela volta ao espontâneo uso do filtro da modéstia, e dará ao Mundo um líder para não deixa-lo acéfalo, na ausência ao menos de um desses, como está a acontecer agora diante do desafio de solução global à pandemia da Covid.
Ao contrário do que diz, a não tão hipotética eleição de Lula não marcaria o fim do ciclo disruptivo, na verdade o reiniciaria, interrompido que foi, gradualmente, a partir de junho de 2013 até o golpe desfechado em 2016.
E se nada der errado em 2022, em 2026 o ‘ciclo disruptivo’, de fato, continua, e quem sabe em 38 já tenhamos uma Elite que viabilize-nos quanto nação e que a xucra Classe Dominante com a sua Casa Grande sejam finalmente coisas do passado em um Brasil moderno, justo, soberano e com futuro.
canastra
14/05/2021 - 11h20
“O retrato do momento é esse mesmo: Lula lidera com folga, estando bem próximo da vitória ainda no primeiro turno. No segundo turno, derrota Bolsonaro com facilidade.”
E’ pra gente rir né ?
Valeriana
14/05/2021 - 11h05
Lula jà disse que serà candidato ?
Cadé esse sujeito na rua pra gente ver a popularidade real dele ?
Walfredo Ferreira da Silva
15/05/2021 - 19h00
LULA vai para as ruas quando chegar as eleições , por enquanto,é desnecessário .
amiga , LULA nas ruas , só vai aumentar a vantagem que ele tem hoje nas pesquisas . A maioria dos parlamentares vai saltar para o lado dele , você já viu
alguém querer ser enterrado com o defunto ? o máximo que pode acontecer , é
chorar na beira da cova , depois , é vida que segue .
Valeriana
14/05/2021 - 10h05
E’ muita masturbaçào por uma pseudo pesquisa do datafolha viu…
Efrem Ventura
14/05/2021 - 10h02
E a pesquisa de verdade…a do 1 de maio…?? Alguma analise ? Kkkkkkkkkkkkkkkkk
Como conseguem ser ingenuos e tontos isso tudo ?