Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 12, pelo Atlas Político mostra que dois nomes do campo progressista estão na frente nas intenções de voto para o Palácio dos Bandeirantes em 2022.
Em destaque, o líder do MTST e ex-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) que aparece com 17%. Na sequência, aparece Paulo Skaf (MDB) com 16,4%, Fernando Haddad (PT) com 14,6% e 12,5% do ex-governador Márcio França (PSB). Branco e Nulo, 18% e Não sei, 12,1%.
Já no segundo cenário e sem a presença de Haddad, Boulos salta oito pontos e vai a 26% das intenções de voto, seguido por Skaf (MDB) com 17,9%, João Doria (PSDB) com 13,3% e 11,5% de Márcio França (PSB). Branco e Nulo, 17,3% e não sei, 6,2%.
Já no terceiro cenário é a vez do petista liderar a disputa. Sem Boulos no páreo, Haddad alcança 25,3% enquanto o ex-ministro da Educação, Abranham Weintraub, registra 14,9% das intenções e voto. Paulo Skaf carimba a terceira colocação com seus 13,5%. Branco e Nulo é de 12,2% e não sabe, 4,9%.
O Atlas entrevistou 1.050 pessoas em São Paulo entre os dias 7 e 11 de maio de 2021, todas feitas por meio de questionários aleatórios via internet. As respostas são calibradas por um algoritmo de acordo com as características da população paulista.
EdsonLuiz.
14/05/2021 - 21h36
O Boulos tem boas características para ser muito bom governador. Boulos tem inserção forte neste segmento da sociedade completamente vulnerável socialmente que é a população que está morando na rua, ao desalento, em condições materiais que não permitem partir delas próprias a menor reação para transformar sua realidade e para isto precisa de humana e ousada ação do poder público.
Possibilitar dignidade a estes cidadãos abandonados pela sorte e pelos governos é da maior importância para São Paulo, até para afirmar a humanidade dos seus eleitores. Prover condições mínimas para essas pessoas desalentadas, para lhes possibilitar um recomeço, é missão que exige compromisso, sensibilidade e ousadia, compromisso que ainda não vi com a ousadia necessária em governadores anteriores daquele estado, mesmo quando bons governadores.
São Paulo teve, nos últimos anos, bons governos nas pessoas do José Serra e Geraldo Alckmin e, na capital, José Serra e Fernando Haddad foram bons prefeitos. Muitos podem não concordar pela citação do Haddad, mas, dos três, Haddad é exatamente o governante que eu destaco, apesar de amar o José Serra (mas queria ver as denúncias de uso de caixa dois que pesaram contra ele apuradas a sério). Serra é o melhor entregador de resultados deste país, onde quer que se ocupe, seja em tarefas executivas, seja em intervenções institucionais, e foi muito bom prefeito e governador de São Paulo. Sim, este cara é um fenômeno executivo (e legislativo também) e nesse tempo como prefeito e governador fez boas entregas. Mas eu destaco o Haddad porque o Serra foi prefeito e governador em um período de vacas gordas, com bastante dinheiro circulando no Brasil para implementar políticas, surfando o mesmo período de bonança surfado por Lula. Só que Serra aproveitou bem os bons recursos na cidade e no estado; já Lula, afora um acerto ou outro, desperdiçou os imensos recursos da época e engendrou no país a crise que hoje vivemos. Quanto a Haddad, eu destaco de Serra por ter sido prefeito já em um período entrado na crise de recursos e mesmo assim conseguiu ser um bom prefeito. O início da crise econômica no país, que resultou no esvaziamento de recursos para as cidades e estados, e como de resto para saúde, educação, pesquisas, investimentos, para tudo, falta de recursos essa que persiste até hoje, mas da qual os eleitores naquela época ainda não tinham se apercebido, pegou Haddad em plena gestão da cidade de São Paulo. Mesmo assim, trabalhando com poucos recursos e por isso não conseguindo fazer grandes entregas, Haddad entendeu a função e o uso de uma cidade e o aplicou em São Paulo, arbitrando bem o gasto dos poucos recursos com que contava e humanizando a cidade. Conseguiu, com pouco, ser um bom governante.
Boulos tem chance de repetir o bom perfil de Haddad, com a vantagem de possuir maior inserção real nos intestinos de São Paulo. Se governador, Boulos certamente vai arbitrar prioridade total para os desalentados do estado, ousando desafiar a lógica mais conservadora que tem presidido mesmo as boas gestões.
Torso para que Boulos vire governador e inverta as prioridades das políticas públicas do estado de São Paulo. Mas, cauteloso, espero que com a projeção que conseguir, Boulos não clone o perfil populista de Lula e dê continuação a essa nossa lamentável tradição, arrastando o seu PSOL para esse atraso político que é o populismo.
Alexandre Neres
16/05/2021 - 09h59
“Torso”, professor, o que tem seu tronco a ver com isso?
Professor, liberte-se do seu ódio elitista. Lula foi disparado o melhor presidente que o Brasil já teve. No período pós-ditadura, é covardia. O senhor precisa enxergar as coisas sob um outro ângulo, não vai ser sob as lentes da Globo que irá conseguir elaborar uma ideia própria. Querer limitar o governo Lula a uma era de bonança das commodities não pega bem, vossa senhoria pode mais que isso. Será que um retirante nordestino, um torneiro mecânico, não pode levar a cabo um governo
Indubitavelmente melhor do que o de um príncipe? Insinuar que Lula nada tem a ver com isso, reproduzindo acriticamente o que é disseminado pela Vênus Platinada, não vai te levar ao palácio da sabedoria e chega a ser pueril.
Justamente em um momento em que precisamos mais do que nunca da política, que foi tão atacada nos últimos anos com a associação nefasta e criminosa entre a imprensa dita profissional e a Lava Jato, pavimentado o caminho para a eleição de Bolsonaro. Ficamos sem o devido processo legal e o devido processo jornalístico. Vide por exemplo o papel desempenhado por Renan Calheiros, um vilão. O dito cujo tem talento, tem habilidade política, goste -se dele ou não.Sabe manejar como poucos e ocupar um espaço importante como a relatoria da CPI, enquanto Alcolumbre, incensado pelo falso moralismo, voltou a ocupar o lugar que lhe é devido, sem expressão nenhuma e no ostracismo, só aparece por estar envolvido no #Bolsolão. Chega de santos com pés de barro que vieram a mando dos ianques demonizar a política, acabar com nossas cadeias de indústria mais competitivas globalmente. O resultado taí exposto pra quem quiser enxergar: centenas de milhares de mortes evitáveis praticadas por um desgoverno errático e incompetente que deixa seu povo ao deis-dará.
Compreendo seus elogios a Serra, por ser em quem Roberto Freire se dependurou para sobreviver politicamente. Só não fica bem para um arauto do moralismo como o senhor, pois diferentemente de Lula, cujo processo não tinha prova nenhuma, mas estava eivado de convicções, no caso de Serra as provas abundam de tal maneira, que só em decorrência do fato de suas notórias ligações com a PF e o MPF, sempre foi o político mais bem articulado com tais corporações, de sorte que seus processos somem nos grandis escaninhos. Lembra-se da montanha de dinheiro que implodiu a candidatura de Roseana Sarney em 2010? Pois é. Sua referência a Serra, de modo geral bem positiva e fazendo pequenas ressalvas, deixa evidente seu moralismo de fachada e que só sabe macaquear nossas elites tacanhas.
Tal qual a liderança de Vargas, com a criação da CLT, possibilitou que Lula viesse a ser seu herdeiro político, o governo Lula ampliou sobremaneira a nossa democracia, fazendo com que deixássemos de ser um país de miseráveis e promovendo a inclusão social, de modo que abriu uma avenida, propiciou as condições para que surgisse um líder da envergadura de Boulos, que será o herdeiro político de Lula.
Sim, professor, estamos juntos! O tucanistão, lugar onde diferentemente do restante do país a alternância no poder nunca foi um valor em si, merece um governador da estirpe de Boulos!
EdsonLuiz.
17/05/2021 - 17h41
Moralismo não é o que você conceitua não, alexandre bolsoneris. Ter lisura moral é uma obrigação cidadã. O que você deve estar querendo alegar a mim, provavelmente, é de, na sua opinião, eu ser falso moralista, que é coisa diferente de ser moralista. Quanto ao termo moralismo, o sufixo ‘ismo’ no Brasil (não sei se também em outros lugares cujo idioma é o português) tem sido empregado como intensificador do significado de termos, indicando excesso. Mas, quer saber, no nosso país, dadas as dimensões industriais de corrupção, excessos em seu combate podem fazer algum mal, mas o bem fica muito maior. E o mal que fizer sempre pode ser saneado. Se o excesso vier acompanhado de algum crime junto, que se puna o crime, após apurado. Essa é e sempre foi a minha posição.
Agora, num conluio, livrar a cara de Aécio, do Temer, dos bolsonaros, para livrar junto algum possível delinquente por quem eu tivesse vínculo, isso é coisa que jamais eu faria.
Ser falso moralista ou não ser não depennde da acusação de outren, alexandre, ainda mais outren leviano, como você. Essa minha posição não é nada moralista; tampouco é permissiva. A sua posição sim, essa é permissiva, e já aí indica uma inclinação de falso moralista.. Sua posição quanto à questão da corrupção é anticidadã. Sua posição trás o vício da defesa do malfeito. O risco desse vício sempre é o de acontecer por obediência a péssimos interesses partidários, por falta de personalidade ou de caráter moral, pessoal ou partidário. Cuidado para não ser por isso que você ataca com ódio cidadãos sérios, como o seu partido, o PT, sempre fez. Aqui, na sólida opinião da opinião pública quanto ao PT destilar ódio a quem denuncia seus mal feitos, fica uma mostra de que o falso moralista é você, não eu. Para você não perorar sem fundamento, só para encher o saco, como você sempre enche (desculpe, não é meu perfil ser desagradável ou deselegante, mas você passa muito da conta), lembremos a que ponto chegou os ataques levianos de ódio do PT às forças políticas saudáveis: para amenizar a imagem do PT e de Lula como odiadores, foi lançada uma campanha para engambelar o nosso pobre eleitorado com mais uma falsidade. O que fizeram para enganar o eleitor e esconder o caráter leviano e bélico de Lula e do PT? O que fizeram? Lançaram uma campanha massiva e anunciada de que dali por diante Lula seria o LULINHA PAZ E AMOR. Isso sim é falso moralismo, alexandre bolsoneris, assim como é falso moralismo viver de ataques levianos quanto à moralidade de gente séria ao ponto de atingir o exercício da democracia no país e, com o esvaziamento político de atores sérios, gerando um quase deserto político, parir bolsonaro. O tempo se encarregou de mostrar que tão ou mais corrupto que aqueles que o PT denunciava, é o próprio PT o corrupto, sendo que, além de corrupto, o PT também é falso moralista, pois denunciava os adversários daquilo que ele mesmo, o PT, era.
A mim, alexandre, esse carimbo de falso moralista que você tenta me impingir não cola já pela minha cepa moral. E pela minha isenção. Aliás, para seu governo, nunca votei em Serra, apesar de, assim como Lula (nisso eu concordo com Lula), achar o Serra um gênio da administração pública. O Lula falava: “Nunca chega a vez do Serra. Se a escolha fosse por concurso público, o Serra passava sempre em primeiro lugar”. Mas eu nunca votei no Serra por, quando Serra foi candidato a presidente, eu não mais considerar o PSDB um partido social democrata. Eu respeito todas as forças políticas sérias, inclusive as extremas, desde que atuem constitucionalmente, mas só voto na centro-esquerda , e isso se a centro esquerda tiver candidato muito bom; do contrário, voto em branco. Se o Haddad estivesse em um partido de centro esquerda, E SÉRIO, teria o meu voto, com certeza.
Quanto a um mínimo de equilíbrio e lucidez para avaliações morais ou políticas, alexandre, lhe falta isenção e escola. Estude, bolsoneris, estude. Você gosta de política. Estude política. Para se informar sobre os fatos econômicos e sociais, eu sugeriria a você primeiro aprender a fazer a leitura correta da informação. Não é que eu ache que você não tenha preparo para interpretar texto. Isto não deve estar sendo o que limita você. O seu limite é ter ideologizado as ideias e se nutrir em fontes de lavagem cerebral. Pare de frequentar ferramentas de doutrinação e se cure do mal que isto já lhe fez, rapaz. Se curar de ideologismo vai servir inclusive, e a você sim, se aplica, para curar também o seu falso moralismo. Veja, eu nunca me manifesto por pessoalizações. Aqui, agora, me dirijo pessoalmente a você por não ter opção de discutir no campo das ideias. Com você, e em geral com petistas, isso nunca é possível.
Incrível como você clona o PT e a máquina de ódio 247. Sempre leviana, afora excessões, sempre aluada, sempre distorcendo, cerceando, e, principalmente, sempre acusando os outros de serem o que lá, o 247 é. Você sente orgulho de colar aquilo à sua personalidade/ Bobagem perguntar. Claro que se orgulha.
Agora eles têm duas: uma é acusar o Ciro de ser o que eles são. A outra, é acusar de ladrão quem combate roubo, e de inocente quem rouba.
Mas penso em postar muito pouco até haver um protocolo para tratar gente como você. E, não por presunção, mas por você não ser nada razoável, vou ignorar suas implicâncias. Ou chamar você de bobo, que é o que parece que você prefere ser. Chega a ser folclórico. Mas aquele país 171 que você frequente também tem um tanto de folclore.
E seja mais isento. Veja você: para aceitar que o PT, de que eu discordava tanto, era mesmo um partido entupido de corruptos, tive que esperar numerosos julgamentos e condenações. Do Serra, do mesmo modo, mesmo gostando muito dele, gostaria que não prescrevessem. Para mim, se denúncia prescreve fica a dúvida, e, por uma questão moral, na dúvida sobre corrupção ou caixa dois, não voto.
E deixe também de ser leviano. Sobre o Serra não houve julgamento, e das provas ninguém sabe, com exceção dos que tiveram acesso ao processo; já do Lula, foi julgado por 22 juízes. Até agora, nenhum voto a favor. Foi sempre condenado à unanimidade. Assim, é provável que será condenado novamente. E desta vez não precisa demorar muito, já está tudo praticamente promto. Eu queria que fosse feito um novo julgamento sim. O Moro deslizou em ritos acessórios que precisam ser saneados. E minha posição quanto a isto é de anos, NÃO É DE AGORA, mesmo não gostando e não confiando em Lula. Sanear o processo é uma opinião que tenho anterior à mudança de posição do STF. Mas, se demorar para julgar uma questão que já está pronta eu vou estranhar bastante.
Paulo
14/05/2021 - 12h29
E cadê o nome do Picolé de Chuchu, na pesquisa?