Comer no Brasil ficou caro demais!
Por Karina Vilas Boas – Jornalista de Mato Grosso do Sul (DRT/MS 768)
Em dois anos de governo, Jair Bolsonaro fez o poder de compra do trabalhador brasileiro encolher. O maior exemplo desta triste situação está na alimentação. Desde o início do mandato do ex-capitão do exército, em 2019, o preço da cesta básica já subiu 33%.
Para grande parte do assalariado, a estratégia para enfrentar este cenário foi retirar das compras do mês os itens mais caros, como a carne bovina (alta de 35%, em 2020). No entanto, para as famílias de baixa renda restou apenas reduzir o número de refeições por dia.
Segundo o IBGE, o drama da fome voltou a assombrar grande parte da população brasileira. Em 2020, pelo menos um terço dos brasileiros já passaram por alguma situação de insegurança alimentar.
O custo dos alimentos subiu 12,14%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a novembro. A dupla inseparável no prato dos brasileiros, o arroz e feijão encareceram de forma abrupta este ano, o arroz teve alta de 69,5%, enquanto o feijão carioca, o mais consumido, valorizou 12,9%, e o tipo preto, 40,7%.
Essa elevação pode ser explicada através da regra básica na economia: a lei da oferta e da demanda. Se a demanda é maior que a oferta, os preços sobem e vice-versa. Além disso, houve um aumento das exportações brasileiras, tendo em vista a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar, aumentando ainda mais a demanda, dessa vez externa.
A carne subiu 6,54% no final do ano, devido ao aumento das exportações e também dos custos de produção do gado, interligado ao encarecimento dos produtos provenientes da base das rações, como a soja e o milho.
Diversos fatores podem afetar a inflação, seja por causas monetárias, quando há maior impressão de dinheiro pelo governo, seja por causas psicológicas, quando os agentes ajustam o preço porque acham que outro também vai ajustar ou seja por ter uma causa real, quando há um desajuste entre a oferta e a demanda por bens e serviços. Para aqueles que desconhecem, a Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, capaz de diminuir o seu poder de compra.
A esperança é que haja uma vacinação em massa, a difusão do coronavírus seja contida e que nas eleições de 2022 a população entenda de fato a importância de eleger um presidente que tenha capacidade e uma equipe que se importe com o desenvolvimento com justiça social. Mas as incertezas são grandes para os brasileiros e os desafios maiores ainda.
Fanta
12/05/2021 - 15h31
É notório que se dependesse do Presidente da República ninguém teria ficado em casa sem trabalhar um sequer dia durante essa pandemia… o resto é a narrativa de sempre.
As consequências a curto e longo prazo do #fiquemcasa dos metidinhos de esquerda que não precisam sair de casa para trabalhar ou não precisam trabalhar mesmo serão devastadores e não pouparam uma sequer vida
alex
16/07/2021 - 20h30
Sair de casa para trabalhar é fundamental, assim como salvar empregos. Contudo quando se trata de uma pandemia “fora do controle” como vivemos e que vitimou mais de 530 mil pessoas, por descaso e mal exemplo de vários líderes associados ao negacionismo, aquela mítica de que “está tudo bem” não cai nada bem, se torna indigesta e gera fome aos menos assistidos, seja ele de qualquer orientação política. O que se vê são “pregações” ilusórias de que tudo é “a esquerda” fazendo pressão. Na verdade, é a incompetência de gerir que impera. Pechinchar Vacinas em negociatas vis só amplia a imoralidade do desgoverno atual.