Pesquisa divulgada hoje pelo El País / Atlas Político traz uma notícia preocupante para a oposição.
A aprovação ao desempenho do presidente subiu cinco pontos e voltou a 40%, e a desaprovação, que havia atingido 60% em março, declinou três pontos e agora está em 57%.
Outro sinal de alarme para a oposição é a a recuperação de Bolsonaro na simulação eleitoral de primeiro turno, onde o presidente experimentou alta de mais de 4 pontos e agora tem 37%.
Um aspecto positivo para oposição, por outro lado, é o desempenho do ex-presidente Lula. O petista ganhou quase 6 pontos desde a última pesquisa, e agora tem 33,2%.
A polarização entre Lula e Bolsonaro está, aparentemente, se cristalizando, o que acaba por beneficiar ambos, pois drenam votos de todos os outros concorrentes. A decisão do STF que restituiu os direitos políticos do ex-presidente Lula, confirmada em plenário no dia 15 de abril, é o grande motivo para o fortalecimento do petista. Quanto a Bolsonaro, sua recuperação mostra, infelizmente, o sucesso de sua campanha negacionista, e que a CPI da Pandemia ainda não teve impacto político significativo nesse sentido.
Sergio Moro experimentou uma queda impressionante nas pesquisas, saindo de 11,3% em janeiro para 4,9% agora, talvez porque o eleitor do ex-juiz já tenha identificado que ele simplesmente não quer participar. Há alguns dias, a Veja noticiou que Moro comunicou a seus empregadores que já tomou a decisão de não participar das eleições presidenciais. Com isso, seus eleitores já devem ter migrado de volta para Bolsonaro.
Ciro Gomes é vítima direta da volta de Lula. O pedetista iniciou o ano com 8,8% e agora tem 5,7%, perda de 3 pontos. Seu consolo agora é ser o “líder” da terceira via. Com Moro fora do páreo, ele mostra uma pequena vantagem sobre Mandetta (3,4%), Huck (2,1%), Dória (1,8%) e Amoedo (1,5%).
Apenas 4,5% não souberam responder ou sinalizaram intenção de votar em branco ou nulo, o que é um número surpreendentemente baixo para uma eleição ainda tão distante (faltam pouco mais de 500 dias).
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro perde de Lula por 45,7 X 41 (diferença de 4,7 pontos), e empata tecnicamente com Mandetta, Ciro e Haddad (Bolsonaro fica cerca de 2 pontos atrás dos dois primeiros e 1 ponto à frente de Haddad, ou seja, tudo dentro da margem de erro).
Doria, Huck e Moro, por outro lado, perderiam de Bolsonaro com diferenças de 6 pontos a 12 pontos.