O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), voltou a usar o Twitter após o TRF-1 revogar sua prisão na última sexta-feira, 7. Recentemente, o emedebista lançou o livro “Tchau, querida – O Diário do Impeachment” que conta os bastidores da derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Cunha estava preso desde outubro de 2016, logo após ter o mandato cassado e quando foi alvo de um mandado de prisão assinado pelo então juiz federal Sergio Moro, na Operação Lava Jato. Mas desde março de 2020, Cunha estava em prisão domiciliar na sua residência no Rio de Janeiro e com uso de tornozeleira eletrônica.
No despacho, o juiz Ney Bello afirma que “passado mais de um ano de sua prisão domiciliar, constato não haver mais necessidade de manutenção de sua prisão domiciliar, notadamente, pelo tempo que em que a medida constritiva foi determinada, em razão de não se ter notícia do descumprimento das obrigações impostas (art. 312, § 1º, do CPP), e, também, pela demora em se marcar o julgamento da apelação já interposta em favor do requerente”.
A decisão do magistrado foi no âmbito da investigação da Operação Sepsis, onde o emedebista foi condenado em junho de 2017.
A Sepsis foi desenvolvida de acordo com a delação do doleiro e aliado de Cunha, Lúcio Funaro, sobre o pagamento de suborno de empresas que tinham o interesse na liberação de recursos do Fundo de Investimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).