As investidas do ex-presidente Lula (PT) sob o MDB tem causada reações negativas de líderes importantes do partido, em especial na região Sul, Sudeste e Centro Oeste.
No seu tour em Brasília realizado na semana passada, o líder petista se encontrou com o presidente de honra da legenda, José Sarney (MA), e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Uma das lideranças que está vendo a proximidade de Lula com negatividade é o ex-líder da bancada ruralista na Câmara e presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o deputado federal Alceu Moreira (RS).
O parlamentar defende a distância do MDB do ex-presidente e que o partido embarque numa candidatura mais alinhada ao centro em 2022.
“Não passa de um devaneio o MDB apoiar Lula. O centro é ser radical contra o radicalismo. Se há um partido que é de centro é o MDB”, disse ao UOL.
Outra liderança nacional influente nos corredores de Brasília que deseja distância do partido a Lula é o ex-presidente Michel Temer (MDB) que até antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) era próximo do petista.
Temer já conta com o de dirigentes do MDB do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Já o presidente nacional do partido, Baleia Rossi (SP), evita dizer que o MDB vai apoiar Lula e também defende que o partido apoie ou lance uma candidatura de Centro em 2022.
“Sabemos das diferenças regionais do MDB, por isso o melhor caminho para o partido é construir um candidato de centro. Vamos discutir todas essas questões com a executiva nacional do partido nos próximos meses”, afirmou.
Candidata a presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que o partido deve fugir dos extremos e apoiar um nome de terceira via.
“Basta ver a história do partido: um guarda chuva para todas as tendências ideológicas e políticas que é capaz de unir os diferentes contra os extremos, a favor de uma alternativa democrática, seja com candidatura própria ou como aglutinador de uma terceira via”, defendeu.