Em leilão realizado na sede da B3 em São Paulo, a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) foi leiloada para dois consórcios privados pela bagatela de R$27,2 bilhões. O valor teve um ágio de 133% acima do valor esperado que era de R$ 10,6 bilhões.
O contrato prevê que a Cedae fique nas mãos dos dois grupos por 35 anos. O leilão teve a presença de Jair Bolsonaro e do governador do Rio, Cláudio Castro (PSC). Logicamente, o ministro da Economia Paulo Guedes também estava na ocasião.
Ao todo, os contratos envolvem investimentos de R$ 30 bilhões. O objetivo, além da distribuição de água, é obter a universalização da coleta e tratamento de esgoto para cerca de 13 milhões de pessoas. A Cedae continuará existindo, por meio da captação e venda de água para os concessionários.
A empresa Aegea, que tem como sócios o fundo soberano de Cingapura (GIC) e a Itaúsa, levaram dois lotes. O grupo Iguá, do fundo canadense CPPIB, arrematou o bloco 2.
Lote 1 – Aegea: formado pela zona sul do Rio de Janeiro e por 18 cidades, que incluem São Gonçalo e Maricá. Aegea levou por R$ 8,2 bilhões, 103,13% acima do valor mínimo, de cerca de R$ 4 bilhões.
Lote 4 – Aegea: formado pelo centro e zona norte do Rio de Janeiro e por oito cidades, incluindo Duque de Caxias, Belford Roxo e Nilópolis. Aegea vai pagar R$ 7,2 bilhões, 188% acima do valor mínimo.
Lote 2 (Iguá): formado pelas regiões da Barra e Jacarepaguá do Rio de Janeiro e pelas cidades de Miguel Pereira e Paty do Alferes. A Iguá Saneamento venceu com a oferta de R$ 7,3 bilhões, ante um mínimo de R$ 3,17 bilhões, o que equivale a um ágio de 129,68%.