Pobres morrem mais de Covid-19 do que ricos e escolarizados, diz FGV Social

Dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) da FGV Social mostram que os pobres morrem mais de Covid-19 do que os mais ricos e escolarizados no Brasil.

“Os trabalhadores mais pobres são os que mais precisam sair de casa para conseguir renda. Trabalhar em ‘home office’ é um privilégio das classes A e B, onde estão os empregadores, trabalhadores da ciência ou intelectuais, dirigentes e funcionários públicos”, diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Na classe A/B (renda domiciliar superior a R$ 8.303) cerca de 28% dos membros puderam ter o privilégio de alterar o local de trabalho durante a pandemia. Na classe C (renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), 10,3% e nas classes mais pobres como a D/E (renda até R$ 1.926), só 7,5% puderam mudar o local de trabalho.

Ainda segundo a pesquisa, 95% dos trabalhadores do setor de serviços como funcionários de supermercados, vendedores e frentistas de postos não puderam ir para o home office. Entre os trabalhadores intelectuais, 44% mudaram o local de trabalho.

De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro foi o estado que mais ocorreu mudanças no local de trabalho com 19,5% dos ocupados em regime de home office. Em seguida o estado de São Paulo com 17,7% e a Paraíba com 14,4%. Os três últimos são o Pará (8,3%), Mato Grosso (8%) e Mato Grosso do Sul (5,5%). A média nacional ficou em 13,9%.

Já no que diz respeito a queda na ocupação na pandemia, o Rio de Janeiro também lidera com 14,2% seguido pelo Ceará que registrou 13,8% e Pernambuco com queda de 11,7% na ocupação dos trabalhadores. Tocantins (2,5%), Acre (1,6%) e Alagoas (1,2%) ficaram nas três últimas colocações do ranking.

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