Por Gabriel Barbosa
Com a falta de capilaridade do governador João Doria (PSDB-SP) em âmbito nacional, o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) entrou no radar do núcleo tucano para liderar o partido e possivelmente patrocinar uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2022.
De perfil equilibrado, discreto e conciliador, alguns quadros do PSDB consideram o congressista cearense como um articulador nato e o nome ideal para uma candidatura de centro, com capacidade de aglutinar forças políticas que desejam distância da polarização entre Lula e Bolsonaro.
Outro fator que beneficia o ex-governador do Ceará é sua proximidade com a família Leite, hoje representada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O líder gaúcho era uma das apostas do partido, mas até o momento o seu nome não emplacou e o PSDB tem pressa para fixar uma liderança.
Os afagos públicos do presidente Nacional da legenda, Bruno Araújo, é também um vetor positivo para Tasso. Na sua entrevista ao O Globo, Araújo ressaltou as qualidades políticas do correligionário e o crescimento do favoritismo de Tasso dentro do PSDB.
“Dentro do PSDB, depois da própria provocação do Eduardo Jorge (PV), começa um movimento muito forte de incentivo ao nome do senador Tasso Jereissati. Recentemente se intensificaram movimentos no sentido de convencê-lo a aceitar colocar o seu nome. Claro que é um nome que enriquece muito o processo político nacional e transcende de forma definitiva o PSDB”.
Obviamente que nesse momento o senador não vai explanar publicamente sua possível candidatura pois fará parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e esse tipo de atitude seria automaticamente reprovável, beirando o oportunismo.
Mas na entrevista concedida a GloboNews nesta terça, 19, Tasso deixou claro que não é uma ambição pessoal chegar a presidência da República, mas que está aberto para dialogar e amadurecer a ideia.
“Não é projeto de vida meu chegar à Presidência da República. Mas eu faço parte do partido, se me apresentarem como alternativa é uma coisa que a gente tem que amadurecer”, revelou.
Outro nome que o tucano mantém proximidade é com o vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes. Nas eleições municipais no Ceará em 2020, ambos os partidos fizeram alianças, saíram vitoriosos e fortificam seus laços para 2022. Na disputa estadual pela sucessão de Camilo Santana, é possível uma aliança tríplice entre PT, PDT e PSDB.
É fato que o processo de empoderamento interno de Tasso no PSDB é visto com bons olhos tanto por Ciro quanto pelo presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi.
Com o ‘galego’ cearense na liderança nacional do PSDB, o diálogo entre os dois partidos em âmbito nacional deve fluir com mais naturalidade, com boas chances dos trabalhistas e tucanos formalizarem uma aliança mais alinhada ao centro, com possivelmente outros partidos como o DEM e PSD. A conferir!
carlos
23/04/2021 - 12h52
Dos veteranos do PSDB é o que melhor pensa, o Brasil, o fato de ser nordestino, o atrapalha, agora eu não aceito esse preconceito porque o pai dele Carlos Jereissati, era cearense, mãe cearense genuinamente cearense, vamos combinar, deveria partir do PSDB essa confiança, na hora H o mais capacitado fica fora das grandes decisões. Precisamos ter um olhar de lince para com ele.
Paulo
22/04/2021 - 18h05
PSDB envelheceu, PT idem. Independentemente do nome das siglas, precisávamos de algo novo, mas não como o Partido Novo…É possível ter carisma ao centro?
Tony
22/04/2021 - 11h29
Renovaçào politica…essa mumia da foto, Lula, Cirolipa…
Os brasileiros estao cansados desses velho mofos de sempre, é tao dificl de entender ?
Marcus Padilha
22/04/2021 - 13h15
Estão tão cansados que elegeram o “jovial” e “competente” boca de sacola como presidente e querem reelege-lo em 2022…
Beto
22/04/2021 - 15h01
O problema do Brasil é ficar justamente dando muita bola pro presidente, qdo deveriam prestar maus atenção em quem votam e o que ficam fazendo os deputados. Esses é q são os representantes do povo. E olha, representam muito bem esse povinho q tem por aqui….